TIRO CERTEIRO
Um diamante raro, num dedo tão caro, num corpo elegante e sofisticado, andando pela Rua Augusta em São Paulo, alvo certo para os marginais. Lady Mary, como era chamada, se achava superior a tudo e a todos, nunca imaginou ser assaltada, logo ela que era vigiada, há uma certa distância, o tempo todo, por paisanos seguranças armados.
Com seus sapatos importados de solado vermelho, exclusivos, saltitava pelo calçamento, totalmente despreocupada, de um repente absurdo, um carro em alta velocidade, se aproxima da calçada, a puxam para dentro e fogem com ela em disparada, seus seguranças, nem puderam reagir, tal a rapidez do ocorrido.
Telefones são utilizados, para avisar polícia, marido, família, afinal, ela era uma herdeira de peso, sua família era proprietária de diversas joalherias pelo País, seus empregos estavam perigosamente em risco, essa falha não seria perdoada.
Delegados de vários bairros são acionados, helicópteros, viaturas para todo lado, no encalço dos sequestradores, premiação por informações já divulgadas na imprensa, o diabo a quatro estava sendo feito e o seu celular com GPS sendo monitorado. Rapidamente, graças ao talentoso poder do vil metal abastado, e ao empenho desinteressado do secretário de segurança e sua equipe, em plena época de eleições municipais, descobriram que o carro se encontrava próximo a uma favela não muito distante, da região, onde fora capturada.
Policiais com poderio de fogo, uma verdadeira tropa, repórteres e tudo mais, se dirigiram para o local, logo encontraram o carro e graças aos céus e a rapidez empenhada para o intento, chegaram no momento em que ela era selvagemente arrastada, por dois parrudos bandidos, um moreno careca e um branquelo comprido, cheio de tatuagens. Tudo cercado, armas em punho, helicópteros vigilantes e a postos, seria difícil eles escaparem ilesos dessa torpe empreitada.
Começam as negociações, mas, policiais da equipe de atiradores de elite já estavam a postos, só aguardando um ínfimo sinal, para dar fim ao fato. Comunidade apreensiva, ninguém bota a cara para fora, muito medo contido naquele lugar. Os bandidos sem soltar a incrível presa, fazem suas exigências, absurdas na verdade, pois qualquer um, via que eles não tinham saída, tontos meliantes.
Do nada sem aviso nenhum, Lady Mary solta um suspiro fino e desmaia, era só o que balas com endereço certo precisavam. Sei que o caso que conto se acaba muito rápido, mas, depois disso, não preciso dizer mais nada, pois, facilmente vocês podem entender o que aconteceu.
Cristina Gaspar
Rio de Janeiro, 22 de maio de 2015.
Um diamante raro, num dedo tão caro, num corpo elegante e sofisticado, andando pela Rua Augusta em São Paulo, alvo certo para os marginais. Lady Mary, como era chamada, se achava superior a tudo e a todos, nunca imaginou ser assaltada, logo ela que era vigiada, há uma certa distância, o tempo todo, por paisanos seguranças armados.
Com seus sapatos importados de solado vermelho, exclusivos, saltitava pelo calçamento, totalmente despreocupada, de um repente absurdo, um carro em alta velocidade, se aproxima da calçada, a puxam para dentro e fogem com ela em disparada, seus seguranças, nem puderam reagir, tal a rapidez do ocorrido.
Telefones são utilizados, para avisar polícia, marido, família, afinal, ela era uma herdeira de peso, sua família era proprietária de diversas joalherias pelo País, seus empregos estavam perigosamente em risco, essa falha não seria perdoada.
Delegados de vários bairros são acionados, helicópteros, viaturas para todo lado, no encalço dos sequestradores, premiação por informações já divulgadas na imprensa, o diabo a quatro estava sendo feito e o seu celular com GPS sendo monitorado. Rapidamente, graças ao talentoso poder do vil metal abastado, e ao empenho desinteressado do secretário de segurança e sua equipe, em plena época de eleições municipais, descobriram que o carro se encontrava próximo a uma favela não muito distante, da região, onde fora capturada.
Policiais com poderio de fogo, uma verdadeira tropa, repórteres e tudo mais, se dirigiram para o local, logo encontraram o carro e graças aos céus e a rapidez empenhada para o intento, chegaram no momento em que ela era selvagemente arrastada, por dois parrudos bandidos, um moreno careca e um branquelo comprido, cheio de tatuagens. Tudo cercado, armas em punho, helicópteros vigilantes e a postos, seria difícil eles escaparem ilesos dessa torpe empreitada.
Começam as negociações, mas, policiais da equipe de atiradores de elite já estavam a postos, só aguardando um ínfimo sinal, para dar fim ao fato. Comunidade apreensiva, ninguém bota a cara para fora, muito medo contido naquele lugar. Os bandidos sem soltar a incrível presa, fazem suas exigências, absurdas na verdade, pois qualquer um, via que eles não tinham saída, tontos meliantes.
Do nada sem aviso nenhum, Lady Mary solta um suspiro fino e desmaia, era só o que balas com endereço certo precisavam. Sei que o caso que conto se acaba muito rápido, mas, depois disso, não preciso dizer mais nada, pois, facilmente vocês podem entender o que aconteceu.
Cristina Gaspar
Rio de Janeiro, 22 de maio de 2015.