Lúcido - parte II

Como eu poderia ter feito aquilo se eu me encontrava em um hospício monitorado diariamente por médicos e guardas com mais problemas mentais do que eu ?!

Peço para eu mesma que está seja mais uma alucinação, seria impossível meu próprio corpo produzir sangue em minha mãos, tenho certeza de que aqueles pedaços de carne não estavam ali como eu acho que estão, é só eu me acalmar e perceber que a porta da minha sela está fechada e muito bem trancada.

Pisquei inúmeras vezes os meus olhos com a intenção que tudo aquilo desaparecesse, só que não obtive bons resultados, foi quando pensei em gritar, mas não um grito de socorro para que mais alguém confirmasse a minha loucura, seria um grito de histeria para dessem fim em um pouco de cor que em mim habitava.

O meu estado de negação sobre tudo o que acontecera era grande, mesmo gritando, esgotando minhas energias ninguém apareceu, não ouvia passos no corredor, não ouvia o barulho das chaves se aproximando, nenhum carrinho de remédios coloridos para me dopar.

Meu corpo estremeceu de medo, o chão agora estava coberto de sangue e xixi, resolvi sair do terror que me encontrava e realmente pedir ajuda...

[Continua]