PALETA DE CORES

Um dia, há muitos anos atrás, ela mirou seus olhos para o passado e viu um colorido especial irradiando por eles, uma espécie de luz refletora de felicidade indizível.

A luz era a maneira como o amor encontrara o caminho para chegar numa velocidade absurda ao seu destino!

Os sonhos eram regados de cores, de uma cartela inteira, mas ela fazia questão de jogar fora a cor escura.

Na cidade pequena, de poucas realizações, era raro deparar-se com a alegria, a liberdade e o amor, mas não perdera a esperança.

Certo anjo veio dizer-lhe que isto não era impossível de acontecer, seguiu crendo em suas palavras!

Fora tão crédula que mais tarde sentira-se tola demais, idiota mesmo, uma criança que vê somente o lúdico, sem as sombras escuras, sem a cartela de cor fosca, sem brilho!

Esfumaçou a vida, boa parte dela, talvez, e deixara pesar o seu coração, não sentira-se mais leve, adormecera os sentimentos, os trocara, deixara a cor que tanto lhe fazia mal ser a protagonista de seus dias, pobre dela!

Não creu mais no anjo, suas palavras sumiram no pó da cidade pequena, juntamente com a poluição atmosférica, assim, como toda a luz que um dia em seus olhos brilhara!

Pensara nas pequenas ações, no quanto elas são importantes, e as menosprezamos porque achamos conveniente, assim, perdemos o pouco que conquistamos em qualquer esfera.

O cansaço abatera a sua mente, adormecera um sono tão repetitivo, tipo um pesadelo que não queria mais possuir.

Morfeu cerrou-lhe os olhos, mas não os sentidos, e hoje briga por um pouco de paz...

Patrícia Pinna
Enviado por Patrícia Pinna em 03/01/2016
Reeditado em 03/01/2016
Código do texto: T5499431
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