NA TRAJETÓRIA DA VIDA-07.

Chegando aqui novamente,

Trazendo mais um cordel,

Dessas verdades da vida,

Que muitos deixam ao leu,

Vou reforçando a memoria,

Descrevendo as trajetórias,

Do homem embaixo do céu.

Todo ser que vive aqui,

Nesse mundo confinado,

Pois talvez não imaginem,

No que lhe foi reservado,

Mesmo tendo todo esforço,

Pra se safar dos sufocos,

Nem sempre é premiado.

Assim todos nós seguimos,

Sejam a quaisquer direção,

Passamos por tantas lutas,

No empreender da missão,

Sem conhecer os resultados,

Todos nós somos forçados,

Cumprir bem nossa missão.

É que o homem desde cedo,

Tem por Deus a autoridade,

Para fazer todas as escolhas,

Sem quaisquer formalidades,

Ele também pode escolher,

Se quiser viver ou perecer,

Tendo a tantas qualidades.

Assim traz ele bem escrito,

Passo a passo o seu destino,

Prescrito todos seus dias,

De glorias ou desatinos,

Mas é nossa a decisão,

Pra sermos felizes ou não,

Dentro dos planos divinos.

Porém engana-se o homem,

Que imagina-se nessa vida,

Ter tudo que sempre quis,

Pra sempre cheias medidas,

Esquecendo que nessa terra,

Pouca paz e muitas guerras,

Onde a esperança é perdida.

Parece que ao nascermos,

Já somos predestinados,

A viver de modo em falso,

Por um caminho traçado,

Morando com as incertezas,

Sem ter viradas de mesas,

Vão todos pro mesmo lado.

Essa vida é complicada,

No trajeto que seguimos,

Enquanto milhares choram,

Achamos alguém sorrindo,

No percurso do caminho,

Somos iguais passarinhos,

Que cada um tem seu ninho.

Por isso o homem aqui,

Vai a trancos e barrancos,

Não tem bonito nem feio,

E nem há preto ou branco,

Nessa grande enxurrada,

Que a trajetória é traçada,

O que parar fica manco.

A vida é feita de escolhas,

Uma bem clara verdade,

Já que o homem a cada dia,

Vai perdendo a vaidade,

Nos golpes que a vida dar,

É obrigado a assimilar,

Driblando as adversidades.

Apesar de está bem escrito,

Na agenda do eterno Deus,

Cada ponto e cada vírgula,

Pro homem nos dias seus,

A extensão desse caminho,

Que mesmo sendo certinho,

São iguais ricos e plebeus.

Porem há uma questão,

Que não se leva em conta,

É que todos quando nasce,

Já trazem a receita pronta,

Não há valente ou mofino,

Tem cada um seu destino,

Para a tal causar afronta.

Mas o modo de enfrentar,

Os problemas que aparece,

No transcorrer da jornada,

E a alternativa que oferece,

Vai depender da maneira,

Que o homem nas asneiras,

Essa situação embrutece.

Apesar de cada homem,

Ter os seus dias contados,

Mas isso não lhe determina,

Qual lhe seja os resultados,

Cada um tem uma sentença,

Basta apenas providencia,

Pra ser tudo amenizado.

Embora não consigamos,

Impedir seus resultados,

A morte é medalha certa,

Como prêmio do pecado,

Até quem não acredita,

Há de provar tal desdita,

No tempo determinado.

Nessa vida que levamos,

Pois somos predestinados,

A conviver com a malícia,

Em um mundo arruinado,

Não há bonito nem feio,

Não tem coluna do meio,

Nem se defende dois lados.

Nenhum vivente escapa,

Do grande senhor destino,

Que leva a todos a eito,

Seja chorando ou sorrindo,

E não tem velho ou moço,

Com a corda no pescoço,

Um a um vai consumindo.

Nessa vida podes crer,

Cada um tem uma trilha,

E aqui ninguém escapa,

De cair nas armadilhas,

Que o homem nessa vida,

Embora desconhecida,

Sonha com as maravilhas.

Mas o homem é ser valente,

Quando a coisa se complica,

Procura sempre um jeito,

De escapar de tais desditas,

Mesmo que esteja manco,

Apega-se a todos os santos,

Implorando à sorte bendita.

Muito embora não respeite,

As leis que lhes dão guaridas,

Ultrapassando aos limites,

Que lhe estabelece esta vida,

O cabra tem que ser forte,

Mesmo que lhe falte a sorte,

Pra não prantear na partida.

É assim que todos vivem,

A cumprir vossa jornada,

Embora sentindo a falta,

De quem ficou pela estrada,

E o que resta infelizmente,

Aguardar sem precedentes,

A triste hora indesejada.

Cosme B Araujo.

17/04/2014.