" O PRAZER DA FANTASIA"

Fico eu assim pensando,

No que vejo acontecer,

Quando na insensatez,

Que faz o homem sofrer,

De uma falsa alegria,

No prazer da fantasia,

Muitos estão a perecer.

Como o homem é insano,

Envolto nessas asneiras,

Sem esperanças na vida,

Envolve-se de tal maneira,

Nas buscas pelo prazer,

Que aguarda acontecer,

Acaba-se em tal canseira.

Ao arquitetar seus planos,

Esbalda-se nas fantasias,

Perde o senso do real,

Nas ilusões das folias,

Vê só no final de contas,

Viveu igual vaca tonta,

No decorrer de seus dias.

Assim chega o carnaval,

Com as grandes vaidades,

Perde o senso do normal,

Fica louco na verdade,

Entra fundo nas folias,

Pinta e borda nesses dias,

Seja simples ou beldade.

Nesses dias de carnaval,

Querem enfim aproveitar,

Tudo que a ele oferecem,

Sem de nada se escusar,

Assim nessa insanidade,

Que muitos da sociedade,

Terão tempo pra chorar.

Droga, álcool rolam soltos,

Em quase todo ambiente,

E os homens ali metido,

Pagando de inteligente,

Desperdiçando sua vida,

Em loucura sem medidas,

De corpo e mente doente.

É tanta coisa horrenda,

Que se ver no carnaval,

Pessoas se transviando,

Como se fosse Normal,

Mas porem no fim da festa,

Para os infelizes só resta,

Sorver o seu próprio mal.

Paira no cérebro homem,

Conceitos mirabolantes,

Inventos e mais inventos,

De formados a aspirantes,

Corrompe-se consciência,

A moral vira indecência,

Vida tem que ser picante.

Festeje enquanto é vivo,

Faça o que der ou vier,

Não deixe que a vida passe,

Goze dela o que puder,

Assim descamba a ladeira,

E quando veem a besteira,

Choram e apelam pra fé.

São tantas as vaidades,

Que essa vida consome,

E muitos da sociedade,

De prazer lhe dão o nome,

Tudo em nome da folia,

E tantos nem desconfiam,

Que lhes deram codinome.

É a festa mais comum,

Com nome de popular,

A tentação para os jovens,

Para o adulto um azar,

Por causa dessas folias,

D’ esfacelam-se famílias,

Ninguém mais pode ligar.

Milhões de reais são gastos,

Em montões pra desfilar,

Das tais escolas de samba,

Multidões vão arrastar,

Se gasta todas as energias,

Com as luxuosas fantasias,

Com um ano pra pagar.

Tem tantos abestalhados,

Que dão uma de espertos,

Pensando que as fantasias,

Levam-lhe ao rumo certo,

Mas depois que tudo passa,

Vai chorar pela desgraça,

A gemer com os desafetos.

Outros gastam o que não tem,

Sem nenhuma preocupação,

Compram-se coisas modernas,

Mesmo sem mínima condição,

Fazem tudo pra acompanhar,

E aos demais se equiparar,

Como loucos sem noção.

Não se iluda meu amigo,

Com as muitas fantasias,

Que tem levado milhares,

A sorver grande agonia,

Aprenda a crer no real,

Assim vais escapar do mal,

Que a muita gente vicia.

Exemplo é o que não falta,

Para quem quer aprender,

Vemos pelo mundo a fora,

Coisas que nos faz tremer,

Com tanta gente perdida,

De mentes entorpecidas,

Cego porque não quer ver.

Parece ser mesmo o fim,

Com essa correria louca,

Gente fazendo besteiras,

Diz-se da largura da boca,

Um mundo de miseráveis,

De loucuras improváveis,

E de populações môcas.

Deus parece está distante,

Dos tais homens seculares,

Que buscam só fantasias,

Estampam-se nos olhares,

Nessa ilusão que se mostra,

Alguns buscando respostas,

As soluções vão pelos ares.

Cosme B Araujo.

12/04/2015.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 12/04/2015
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