Resposta ao amigo poeta
Peço agora licença
A todos que aqui estão
Para que eu possa falar
O que vem do meu coração
Hoje eu vi a minha turma
Num papo muito animado
Falando de poesia
E também, sobre o passado
Comentavam um assunto
Que há tempos eu já sabia
Dos dotes de Pai Roberto
Que a tudo resolvia
Problema de amor e sofrência
Era só lhe procurar
Nos tempos da residência
Para a solução encontrar
O texto foi bem escrito
Por um nobre amigo e poeta
Um relato detalhado
Sempre usando a palavra certa
Dijalma Freitas é o autor
Da história ali relatada
Não sendo essa a primeira
De forma tão especializada
Qual não foi minha surpresa
Quando logo abaixo eu li
Outro texto mais bem feito
Onde nos versos me vi
Falava de um camarada,
Que muitas "pingas" tomou,
Mas que hoje tudo esqueceu
E a bebida abandonou
Contava ele uma "estória"
De um "cabra" namorador
Nessa hora até sorri
Mas a minha memória falhou
Dizer que eu era danado
Ao ver uma menina passar
São coisas do meu passado
E por lá devem ficar
Mas eu fui me animando
Com o texto que eu lia
Até chegar numa parte
Que a coisa mudou de via
O poeta falou no shake
Que eu gosto de beber
E a coisa foi piorando
Quem não sabe, vai saber
Pois ele afirmou que o shake
Não era para homem sério
E por isso estou aqui
Para esclarecer o mistério
Amigos vou lhes dizer
De maneira maleável
Que o shake é coisa boa
É uma bebida saudável
E não tem nada a ver
Com o que o poeta falou
Não amolece a "munheca"
Nem afina o que engrossou
Antes que alguém tenha raiva
Do que acabei de falar
Me refiro à minha voz
Por favor não vão zangar
Pois o que o poeta fez mesmo
Foi tudo de brincadeira
E sei que a nossa amizade
Sempre será verdadeira
Por isso aproveito agora
Para relembrar outro fato
E aqui mesmo nesse texto
Vou fazer o meu relato
Eu também tive um amigo
Que na residência morou
Que também bebia muito
Mas a cachaça largou
Agora é cerveja sem álcool
É da geração saúde
Caminhada e bicicleta
Joga futebol amiúde
Porém lá na residência
Dele todos tinha medo
A sua palavra era um tiro
Mas sei dele um segredo
O tempo, o grande sábio
É mesmo o senhor da razão
Conseguiu o improvável
Amoleceu o machão
Eis que entrou em sua vida
Uma morena de verdade
Companheira de primeira
Com quem entrou em unidade
E depois dessa bela soma
Veio a multiplicação
Duas meninas lindas
E belas de coração
Com isso ele agora segue
A sua vida todo zen
Enquanto uns não tem nada
Ele possui um harém
Uma coisa que nele gosto
É a sua simplicidade
E por isso mesmo falo
Do orgulho da nossa amizade
Se falei em algum momento
Algo que não devia
Deixo aqui minhas desculpas
Pela minha rebeldia
E a todos que o texto leram
Com bastante paciência
Saibam que isso é mais uma
História da residência
Alcatraz, REU grande
Tantos nomes lhe deram lá
Lugar onde aprendi muito
Até meus "causos" contar
Peço desculpas de novo
Por me alongar no que faço
E me redimo deixando
O meu fervoroso abraço
Isso é tudo brincadeira
Eu não mereço carranca
É apenas um recado
De um cabra da Pedra Branca