O Sábio e o Tolo

Parte desse Cordel consta de uma

pequena participação (já revisada)

minha com o Poeta Ansilgus que

me permitiu carinhosamente isso.

O sábio não fala o que sabe,

Já que não quer propaganda,

Para o tolo inteiro é banda,

Judeu pra ele é árabe.

Diz que cabe onde não cabe,

Qualquer tambor é umbanda,

Fedor de porco é lavanda,

Não sabe a equação da reta,

Mas, se acha puro e poeta,

Fala tanto e nada sabe.

Eu vi um estulto na feira,

Dizendo-se Rui Barbosa,

A cara toda lustrosa.

De pinga manipueira,

Eu saí foi na carreira,

Mais rápido que uma bala,

O inteligente se cala,

Sábio não diz o que sabe,

Ainda que o mundo se acabe,

Néscio só fala asneira.

O sábio é sempre aprendiz,

Parvo se faz professor,

Gosta de loa e louvor,

Discursa até na Matriz,

Rolinha é codorniz.

Chama urubu de meu louro,

Não difere um boi de um touro,

Divaga como um alárabe,

Sábio não diz o que sabe,

Parvo não sabe o que diz.

Aracaju Sergipe, 18/ 05/ 2016

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Agradeço a gentileza da participação do poeta Jota Garcia

O tolo enquanto calado

Por sábio pode ser tomado,

Mas se fala do que não sabe,

Um barrete de burro lhe cabe.

Um Piauiense Armengador de Versos
Enviado por Um Piauiense Armengador de Versos em 21/05/2016
Reeditado em 27/05/2016
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