Violeiro

Sentado ali ele estava

Com teu chapéu de palha e tua viola em mãos.

Olhava o céu aberto e por ali viajava,

Vendo as folhas secas caírem ao chão.

Lembrava de tua vida gloriosa,

Quando tocava aquelas modas pelas noites no sertão.

De quando avistava uma moça formosa e soltava aquela prosa

“é aquela senhora que eu ei de laçar".

Subia no palco com o mesmo refrão,

Acompanhado de teu cabra com a sanfona na mão.

Cantava, tocava e as donas ficavam assanhada

E depois queriam ter um romance com seu João.

Mas romance mesmo ele tinha com a viola,

Ela, ele amava de paixão.

Por onde andava a levava, e sorrindo ele cantava

Desta aqui eu não abro mão!

Viola que tenho desde criança,

Está é minha herança que me pai me deu.

Presente abençoado, neste sertão amado onde canto minha prosa!

Henrique Alvarenga
Enviado por Henrique Alvarenga em 13/06/2017
Reeditado em 14/06/2017
Código do texto: T6026773
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