Mazelas da capitá!

Um motorista abusado

Deixando os veios na parada

Um vendedor de cocada

Só de bagaço de coco

Um cabra levando um soco

Assim de gente a olhar

Sem ter quem venha apartar

Num bar de gente entupido

Isso é fato consumido

É mazela da capitá.

Um baile no pé do morro

Cheio de rapaz e menina

Loló , maconha e cocaína

Qualquer um pode cheirar

Policia só chega lá

Se tiver autorizada

Todos entram nada paga

Comprando pó lá vendido

Isso é fato consumido

É mazela da capitá.

Mulher comendo sardinha

Catada no meio do lixo

Ruas entupidas de bicho

Multidão desempregada

Patrão contrata empregada

Pra comer quando largar

Ela vai ao motel e dá

Interesses defendidos

Isso é fato consumido

É mazela da capitá.

Um mar cheinho de lixo

A praia cheirando a bosta

Repleta de gente que gosta

De se banhar no côcô

Um monte de vendedor

De guloseima e mangaio

Bola , prancha e papagaio

Moça no sol a queimar

Muita cerveja a rolar

Mulher com filho e marido

Isso é fato consumido

É mazela da capita.

Uma fila sem tamanho

Na frente do hospital

Com gente passando mal

Sem ter doutor pra acudir

Nunca se vê por ali

Um chefe ou um diretor

Morre-se num corredor

Sem ter sido atendido

Isso é fato consumido

É mazela da capitá.

Carros de malas abertas

Tocando música as alturas

Perturbando as criaturas

Que vindo a se aborrecer

Corre o risco de morrer

Quando sai um bafafá

Tem tapa de lá e de cá

Sem socorro aos feridos

Isso é fato consumido

É mazela da capitá

Políticos de faz de conta

Que vão prá lá só roubar

Eleitor que vai votar

Por conta de uma esmola

Safados que fazem escola

Na arte de enganar

Nunca pensam em trabalhar

Em favor dos desvalidos

Isso é fato consumido

É mazela da capitá.

Um monte de supermercados

Vendendo tudo mais caro

Uma fila de otário

Comprando tudo que vê

Do pão francês á TV

Compramos sem precisar

Sem dinheiro pra pagar

O que não falta é falido

Isso é fato consumido

É mazela da capitá.

Camelô que nos vende

Seu algodão por veludo

Um boyzinho cabeludo

Todo cheio de tatuagem

Seu ofício é malandragem

Não quer saber de estudar

O pai tem de trabalhar

Pra bancar o seu bandido

Isso é fato consumido

É mazela da capitá.

Uma rua esburacada

Um rego escorrendo lama

Gente dormindo sem cama

Ao relento na calçada

Bêbados da madrugada

Perambulando sem rumo

Moçada puxando o fumo

Sem pra polícia ligar

Praça cheia de bandidos

Isso é fato consumido

É mazela da capitá.

Pastores sempre com fome

De " dizimo de dinheiro"

Pregando o dia inteiro

Á multidão sem encanto

Que busca ali um recanto

Pra seus males aplacar

Só que tem que pagar

Por esse culto falido

Isso é fato consumido

É mazela da capitá.

Ave Maria! Cruz credo !

Blasfêmia em desregrado

Botar o "Deus seja louvado"

No recôndito do chulê

Com oração feita em pé

Dinheiro no pé do pinto

Tamanha a dor que sinto

Da ação dos decaídos

Isso é fato consumido

É mazela da capitá.

Um pedinte de esmola

Com sua roupa em molambo

Mora num velho mocambo

Passa sempre privação

levando a vida de um cão

Sem ter pra quem apelar

para o sofrimento aplacar

É um pobre desvalido

Isso é fato consumido

É mazela da capitá

Criança passando fome

Bucho cheio de lombriga

Não acha uma mão amigas

Pra lhe tirar da miséria

Sua dor é coisa séria

Ninguém pra lhe amparar

Sem escola pra estudar

Pelo governo esquecido

Isso é fato consumido

É mazela da capitá

Nego pedindo socorro

Sem polícia pra socorrer

Não que não queira fazer

Mas tá faltando soldado

Cidadão que é roubado

Mesmo que vá se queixar

Nada vai adiantar

Fica o pobre desvalido

Isso é fato consumido

É mazela da capitá.

Trânsito que nunca anda

Está sempre engarrafado

Um motorista safado

Que anda na contra mão

No sinal tem um ladrão

Que vive ali pra roubar

Pra ele não nos matar

Entregamos os possuídos

Isso é fato consumido

É mazela da capitá.

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