"O SONHO DE LULA E OS POLITICOS EM SEU PASSEIO NO INFERNO".

Um dia certos políticos,

Idearam uma excursão,

Alugaram um veiculo,

Estranho pra tal função,

Como era muita gente,

Fretaram infelizmente,

De um trem oito vagão.

Foi uma viagem longa,

Quinze dias sem parar,

O operador da máquina,

Não podia descansar,

Era grande a euforia,

Iam todos com alegria,

Sem saber quando chegar.

Em cada um dos vagões,

Comandava uma figura,

Ele era o responsável,

Por suprir as criaturas,

Estando ao seu comando,

Iam logo afirmando,

Conosco é sem frescura.

Vou aqui fazer uma lista,

De alguns dos passageiros,

Pra você ficar sabendo,

Quem levou nosso dinheiro,

Assim na próxima eleição,

Deixar fora cada ladrão,

Dos tesouros brasileiros.

Foi nele Aércio Neves,

Que hoje é senador,

Renan e Eliseu Padilha,

E muitos chamam doutor,

Foi um tal Romero Jucá,

Foi João Carlos Bacelar,

Deputado em Salvador.

José Dirceu e Genuíno,

Gilberto Cassab e Moreira,

Fernando Bezerra coelho,

Aloysio Nunes Ferreira,

José Serra e Mata Suplicy,

Eunicio Oliveira e Valdir,

Ivo Cassol e Ciro Nogueira.

A tal Maria do Rosário,

Mario e Nelson Pellegrini,

Jutahy Junior e Felipe maia,

Arthur Oliveira e Vicentinho,

Paulo papa e Rodrigo Garcia,

Daniel Almeida da Bahia,

E um tal Ônix Lorenzoni.

José Agripino e Ledice,

Um tal Blairo Borges Maggi

O Delírio José Beber,

Omar Aziz e Milton Monti,

Foi um Tal de Zeca Dirceu,

E Kátia Regina de Abreu,

Yeda e Vanessa Grazziotin.

Fernando Collor de Mello,

Paulo Rocha e Cacá Leão,

Maria do Carmo Alves,

Ricardo Ferraço e Lobão,

Eduardo Braga amazonense,

Paulo Henrique cearense,

José Reinaldo do maranhão.

Tal Paulinho da Força,

Daniel Vilela de Goiás,

Um tal Alfredo Nascimento,

Marco Maia e outros mais,

Foi Eduardo Amorim,

E até Carlos Zarattini,

Dimas de Minas Gerais.

Foi Jarbas Andrade,

Que se diz pernambucano,

José Carlos Aleluia,

Até o Celso Russomano,

Garibaldi o rio grandense,

Heráclito Fortes piauiense,

Jorge Viana o Acreano.

Dilma Rousseff e Lula,

Também foram nesse trem,

Eles todos comandavam,

Fernando Henrique também,

Olha pra dizer a verdade,

Todos dessa irmandade,

Eram esses mais de cem.

Pararam numa pousada,

Que chamou a atenção,

Nela havia um letreiro,

Preto parecendo o cão,

Que dizia escancarado,

Isto aqui foi preparado,

Só pra político ladrão.

Zé Dirceu e Genuíno,

Os primeiros a entrar,

Lula e Arcio Neves,

Começaram a brigar,

Porque queriam a suíte,

Toda feita em grafites,

No alpendre do andar.

Ali todos se instalaram,

Todos eles bem servidos,

Depois foram pra um salão,

Fechado e bem protegido,

Com uma mesa gigante,

Toda feita de brilhantes,

E os bancos embutidos.

Assentaram-se na mesa,

Os chefes na cabeceira,

Lula ficou de um lado,

Aércio na derradeira,

Ali serviram um jantar,

Comeram até se fartar,

Tudo carne de primeira.

Bebida é o que se via,

Só uísque importado,

Servido a bel prazer,

Para todos convidados,

Comer o que vinha a mesa,

Sem saber que a despesa,

Tinha preço bem salgado.

Mas todos ali queriam,

Conhecer o anfitrião,

Que dava esse banquete,

Só pra o político ladrão,

Foi quando anunciaram,

Chegou o proprietário,

Com um fichário na mão.

Assim como um professor,

Passou a fazer chamada,

Queria mesmo conferir,

Se a lista não estava errada,

E assim ele foi chamando,

Um a um se apresentando,

Pela ordem de chegada.

Após se apresentar,

E passar as coordenadas,

Foi mostrar os aposentos,

Para a classe ali chegada,

Cada um dos hospedados,

Tinham quartos separados,

Com diferentes entradas.

No quarto de Arcio Neves,

Tinha uma cama quadrada,

Com um colchão de latão,

Quase toda enferrujada,

Dura pior que um cimento,

Cheia de areia por dentro,

E muitas brasas espalhadas.

Aércio quando viu isso,

Ficou todo apavorado,

Sem saber qual o motivo,

Dele ser assim tratado,

Começou fazer zoada,

Deixando aquela pousada,

Numa bagunça dos diabos.

Ai chegou dois sujeitos,

Com uma carranca fechada,

Disseram vou dar um jeito,

Nessa cria mal inzambuada,

E quando a chibata soou,

O Aércio Neves se borrou,

Deixando a calça molhada.

Então os açoitadores,

Disseram com veemência,

Isso faz parte da divida,

Feita por vossa excelência,

Quando está no poder,

Fazendo o pobre sofrer,

Com as suas indecências.

Isso aqui será seu o café,

Servido em sua estadia,

Uma quarentena de açoites,

De manhã todos os dias

Se você não tá sabendo,

Banho de água fervendo,

Pra acabar com a maresia.

O Teme a Dilma e o Lula,

Foram parar numa suíte,

Com uma cama de pregos,

Preta da cor de um grafite,

Com um forro de capim,

Coberta com estopim,

E o colchão de dinamites.

Entraram num corredor,

Cercado por uma muralha,

Mais escuro que um breu,

Mais cortante que navalha,

Com três becos sem saída,

Cheio de almas perdidas,

Quente igual uma fornalha,

Um dizia para o outro,

Aonde viemos parar,

Eu abro mão disse Lula,

Temer se pôs a chorar,

Dilma disse cabra frouxo,

Dizia-se do saco roxo,

Vê se para de berrar.

Foi ai que o cão chegou,

Pra acabar a anarquia,

Deu-lhe uma chicotada,

Cruz credo ave Maria,

Pôs os três pra se aquietar,

Fez parar de resmungar,

Até amanhecer o dia.

Quando o dia amanheceu,

Só se escutava os gritos,

Chega as paredes tremiam,

Um rebuliço esquisito,

Todos num grande sufoco,

Se batendo que nem loucos,

Como se fosse um hospício.

Então bradou em voz alta,

O grande cão general,

Dizendo calem essa boca,

Ou mando cobrir-lhe o pau,

Pois aqui no meu inferno,

Não tem verão nem inverno,

É só um fogo infernal.

Depressa mandou trazer,

Uma porção diferente,

Pôs num tacho que fervia,

pra que ficasse mais quente,

E disse em grande euforia,

Essa é a minha cortesia,

Para quem foi presidente.

Assim vocês vão pagar,

A cada centavo roubado,

Que fizeram no poder,

Quando a vocês foi dado,

Enganaram a consciência,

Pra chegar à presidência,

Como chefes de estado.

A miséria que causastes,

A os desafortunados,

Estavam sempre abastados,

Cheios de advogados,

Aqui sem nenhum vintém,

Pra defesa sem ninguém,

Vão pagar tudo dobrado.

Pegou ou prato de brasas,

Juntou a aquela porção,

Pois os quatro presidentes,

E daquilo fez um pirão,

Pondo eles pra comer,

Aquele troço a ferver,

Que desejassem ou não.

Largou o couro da boca,

Já no primeiro bocado,

Saiu fogo pelas ventas,

Dos quatro pra todo lado,

Naquela grande agonia,

Parte de suas bocas caia,

Fedendo a couro queimado.

Em meio aquela agonia,

O lombo ardendo de peia,

E Lula então despertou,

Era noite de lua cheia,

Caiu logo em desespero,

Ao saber do pesadelo,

De ir morar na cadeia.

Assim acabou-se o sonho,

Dos grandes famigerados,

Vão hoje pra o xilindró,

Na função de condenados,

Eu vou está lhes vigiando,

Com as chamas esquentando,

Pra aquecer-vos um bocado.

Cosme B. Araújo.

13/07/2017.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 13/07/2017
Reeditado em 31/07/2017
Código do texto: T6053512
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