MORRE VIRGULINO, SOBREVIVE LAMPIÃO
MORRE VIRGULINO, SOBREVIVE LAMPIÃO
Numa madrugada fria
De neblina e serração
Lá na grota de Angico
Tombava o rei do sertão
Naquele sertão perigoso
Morria Virgulino criminoso
Nascia o mito Lampião.
A sua historia de crime
Na grota teve o final
A volante alagoana
Deu o desfecho fatal
João Bezerra foi esperto
Lampião de peito aberto
Sem fuzil e sem punhal
Lampião não foi herói
O crime era sua lida
Não perdoava ninguém
De violência descabida
De uma índole matadeira
Não defendia bandeira
Cangaço, seu meio de vida.
Mais marcou a sua historia
Nas quebradas do sertão
Fez da violência seu poder
Causou muita aflição
Fez cumprir o seu destino
Nasceu como Virgulino
E morreu como Lampião.
Cicero Aguiar Ferreira.