IGUALDADE ENTRE AS CRIANÇAS!!!

Estamos no mês de outubro,

Que é dedicado as crianças

Detentoras de pureza,

De candura, e de esperanças,

São desprovidas do mal,

Toda criança é igual

Contendo a vida bonita

No litoral, no sertão,

Na favela ou na mansão,

Na choça ou na palafita.

Um coração limpo e puro

Bate dentro do seu peito

Que desconhece o rancor

Ódio, mágoa, preconceito,

Credo, cor, religião,

Sexo, idioma, nação,

O seu mundo é só bonança!

Sem malicia, sem maldade.

Franqueza e sinceridade,

É o dom de qualquer criança.

Outra grande qualidade

Na criança com certeza

É não notar diferença

Entre riqueza e pobreza,

Pois se no mesmo ambiente

Se acaso estiver presente

O mais carente e o riquinho

Um ao outro tem respeito

E tratam do mesmo jeito

O loiro, o ruivo, o escurinho.

Já no nosso mundo adulto

É a descriminação

Que macula e enodoa

Enxovalha o coração

Da criancinha inocente,

Convence-a ser diferente

E o pretexto, o motivo,

Pra se chegar a esse impasse

É a diferença de classe

Que gera esse distintivo.

E na classe média alta

A criança é educada

A jamais se aproximar

Da que vive na calçada,

E nem se acercar daquela

Que habita numa favela

Num beco ou num lamaçal

E ao gurizinho convence,

Essa gente não pertence

Ao seu nível social.

Diz: aquele pessoal

Não ancora em nosso porto,

E a maioria não tem

Sequer onde cair morto

E além do mais, acredite,

Não pertence a nossa elite

Vivem de outra maneira

Com baixa escolaridade

Passando necessidade

Social e financeira.

Tem que crescer consciente

Que pertence ao outro lado

Com um domínio aquisitivo

Bastante considerado

Por isso não lhe convém

Juntar-se a um “Zé Ninguém”

Sem nada a oferecer

Muitos deles sem guarida

Sem escola, sem comida,

Sem dinheiro e sem poder.

É triste, mas verdadeiro,

O teor desse relato

E o poeta simplesmente

Tenta esclarecer o fato

De modo amplo e aberto

Porque conhece de perto

As duas situações

Por conviver com os dois lados

Entre aos desafortunados

E aos que possuem milhões.

Quando o ser humano nasce

De roupa vem desprovido,

Do maior milionário

Ao mais desfavorecido

Não surge com vestimenta

E a ideia me orienta

A indicar uma prova

Reflita bem, se concentre,

Se nada trouxe do ventre

Nada vai levar pra cova.

A pureza da criança

Precisa ser respeitada

Mesmo aquele que tem tudo

E o outro que não tem nada

O correto e o normal

Seria ser tudo igual

Entre os nobres e os plebeus

E alertar me convém

O que tem e o que não tem

Ambos são filhos de Deus.

Carlos Aires

03/10/2017