Conflitos e progresso

Desde o início dos tempos o homem busca a paz, a felicidade, a prosperidade absoluta. E, em nome de todos os seus sonhos, ele promove a guerra. A história da humanidade está marcada por massacres promovidos pelos homens na luta por seus ideais. Refletindo sobre a história universal e a filosofia, somos levados a pensar: - onde fica Deus dentro desse contexto de barbáries?

Somos levados a acreditar, desde a infância, que Deus quer que nos calemos, que aceitemos submissos seus desígnios. E assim passamos a acreditar que é preferível ceder a lutar, calar a envolver-se numa discussão. Tal pensamento, entretanto, mostra um Deus incoerente, covarde, que promove o sucesso do mal. Afinal, se é soberanamente justo e bondoso, por que permitiria a destruição dos bons? Se é infinitamente bom, como afirma a Igreja, ele também deveria ser forte, sábio e corajoso a ponto até mesmo de promover uma guerra para defender o destino da humanidade.

Não acredito que Deus seja essa paz absoluta que se funda no ócio, na falta de perspectivas, na ausência de ideais e na submissão covarde. Esse Deus é invenção de uma Igreja que tem medo da guerra - e mostra o quão frágil é sua fé.

Deus está em toda parte, na guerra, no conflito entre traficantes e polícia, na catástrofe, no desastre, no submundo das periferias. Deus está onde existe vontade, desejo, fome, porque Deus é vida.

Mas e as guerras, os conflitos? Os homens terão um dia a tão sonhada paz?

Ninguém sabe. Talvez não se tenha sequer uma idéia do que represente exatamente esta palavra. De uma coisa, entretanto, temos a certeza: de que a paz não é um presente de Deus para os bons e justos, mas uma conquista baseada em planejamento e muito trabalho.

Diego Lucas
Enviado por Diego Lucas em 18/11/2008
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