Pequeno desabafo

Antes de partir para o que realmente interessa, sinto-me na necessidade de explicar o meu nome (Ninguém). Escolhido ao acaso, mas que tem grande significado levando-se em consideração alguns acontecimentos do passado e outros do presente. Ninguém, chega ser ideal, pois prefiro ficar no anonimato, não ser esquecido e também não ser comovido por interesses alheios. Apesar desse nome parecer singular, na verdade é plural (deixando de ser um pronome indefinido para torna-se um substantivo próprio), pois somos vários e vários “Ninguéns” .

Posso parecer chato ou inconveniente para alguns, só porque nem todos estão prontos ou simplesmente não querem ouvir o que realmente acontece diante dos nossos olhos. Uso a liberdade de expressão para externar meus sentimentos, minhas contestações, não consigo mais ficar calado diante de tanta sujeira existente em nossa volta.

Aos poderosos

Infelizmente fica cada vez mais difícil acreditar na política em nossa cidade. Aquele que se dizia que era da família, da paz, um homem sério, em suas passeatas e carreatas não distribuía bebidas alcoólicas; saiu com uma imagem totalmente diferente.

Será que alguém que esta a acima ainda é confiável, ou realmente devemos permanecer com uma visão pessimista de que todo político não presta, é corrupto... Frente ao não pagamento dos salários do mês de dezembro a alguns funcionários (um fato deplorável), onde toda culpa esta sendo colocada nas costas do ex-prefeito, não tivemos nenhum posicionamento dos vereadores. Esses fazem de conta que nada aconteceu, isso é preocupante porque tivemos alguns que foram reeleitos e irão passar mais quatro anos submissos as vontades do prefeito atual. Mas mesmo assim compreendo que não podem fazer muita coisa, só não esqueçam que como homens públicos devem tornar manifestas, pelo menos, suas opiniões e não baixar as orelhas ou por o rabinho entre as pernas como um cãozinho assustado. (au, au, au)

A rafaméia

O que mais preocupa não é nem o grito dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons. (Martin Luther King)

Fico triste em saber que em São Lourenço temos uma significativa parte da população acomodada. Que não reinvidica, não cobra seus direitos. Ficar calado enquanto esses tipos de acontecimentos ocorrem faz com que outros se sintam à vontade para fazer o mesmo ou pior. Ainda mais agravante é uma parcela daqueles da ELITE INTELECTUAL, os universitários, em contato com tanto conhecimento, idéias, filosofias, esquecem as lutas do passado que foram tão importantes para sociedade, abandonam o social de uma forma geral, não exercem o poder de conscientização que lhes foram conquistados; somente se preocupam com seu próprio nariz. (que pena)

Pelo menos quanto ao jovem a esperança é maior, pequenos grupos que ainda protestam são os que fazem valer nossos direitos. Nem tudo esta perdido, podemos encontrar uma minoria envolvida que tenta trazer para nossa cidade algo diferente. Merece um destaque especial às quase escassas manifestações artísticas que acontecem, grupos populares de teatro, dançam, capoeira, caboclinhos e bandas que vêm com o que não faz parte da cultura de massa. Parabenizo esses e quanto aos outros peço que acordem, para não se tornarem os futuros profissionais parasitas e vendidos como muitos existentes em nossa cidade principalmente no âmbito educacional do qual faço parte apesar de ser Ninguém.

Pedido

Se, chegastes até aqui na leitura é porque no mínimo foi interessante. Esse foi apenas o primeiro, por favor, não me bloqueais para que possas apreciar, criticar, concordar ou discordar de mim em outros também. Fazer uma desfeita dessa só irá provar-me que não suportas críticas e preferes ser alienado(a). Peço ainda desculpa aqueles que se sentiram ofendidos com as mensagens que mandei a alguns celulares via internet, mas não posso negar que surtiram um pequeno efeito.

Ass.: ? Ninguém

(O texto acima foi escrito no final de 2008, quando o a gestão do ex-prefeito Jairo Pereira perdeu e no final do ano deixou os estágiarios sem receber, o personagem Ninguém (nome ao qual eramos chamados em algumas instituições de ensino) surgiu para causar curiosidade e tentar promover indignação... vale lembrar que não obtive muito sucesso...)

Givanilson Soares
Enviado por Givanilson Soares em 22/12/2010
Código do texto: T2686931
Classificação de conteúdo: seguro