Ontem tinha tudo para ser um dia normal se não fosse um presente sui gêneris que recebi...

O dia chegara arrastado por uma névoa fina e uma sutil ameaça de que o frio iria se instalar na nossa correria diária. O sol titubeava no céu como se estivesse envergonhado ou com receio de mostrar a sua cara em plena manhã de maio, sem falar no sono que insistia em se manter agarrado às minhas pálpebras como se fosse meu dono absoluto.

Arranquei o sono das pálpebras jogando-o dentro da pia enquanto lavava o rosto e o vi descer pelo ralo gritando por socorro.

O sol resolveu assumir uma atitude de macho, empurrando as nuvens, esgarçando-as em milhões de fiapos, mostrando a sua carinha sorridente e morna enquanto nuvens se encolhiam por detrás dele como se brincassem de esconde-esconde.

Pude então sair para trabalhar!

Cumprido o meu prazer e obrigação trabalhista retornei para casa, abri a porta e me deparei com uma penca de banana d'água deixada sobre a pia da cozinha. Até aí, tudo bem se não fosse o estado em que elas se encontravam...

Na posição em que estavam pude ver, de imediato, que eram bananas  estragadas e, quando as segurei a fim de ver se estava certa ou equivocada, constatei que não só estavam estragadas como as que estavam por detrás, estavam podres.

Sim, estavam podres, mesmo!

Perguntei para Ludmila quem as havia colocado ali ao que ela me respondeu que a empregada da vizinha havia mandado para mim.

No primeiro momento fiquei indignada, concluí que era um acinte e fui movida por um ímpeto visceral de ir até a casa da vizinha tirar a limpo aquele presente ordinário.

Me controlei, respirei fundo e decidi por colocá-las no local do lixo bem à vista de todos , fora do saco plástico para serem bem visualizadas e, quem me deu o gentil presente pudesse ver a sua destinação.

Aquele presente não me saiu da cabeça o resto do dia e até agora eu me pergunto:

- O que será que se passa pela cabeça das pessoas quando tomam uma atitude assim? ou será que estavam testando a minha paciência através de uma evidente provocação?

Eu hein!!


abçs,soninha



Sônia Maria Cidreira de Farias
Enviado por Sônia Maria Cidreira de Farias em 28/05/2011
Reeditado em 28/05/2011
Código do texto: T2999684
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