CÃES, COMPANHEIROS INSEPARÁVEIS

Ao sair à rua observamos inúmeras pessoas passeando com cães. São homens, mulheres, adolescentes, adultos, pessoas de idade madura e terceira idade. As raças, as mais variadas. Os de grande porte, aqueles em geral denominados cães de guarda, já não os encontramos com freqüência, ou na mesma proporção que os demais, pois para serem levados à rua devem os seus donos obedecer a lei que manda usar focinheira para evitar problemas para os transeuntes. Na realidade, não são estes que me chamam a atenção.

O que me desperta a curiosidade é a quantidade de pequenos animais andando com seus donos a pé ou passeando de carro como um membro da família.

Antigamente ter cão era privilégio de quem morava em casa. Apartamento nem pensar. Hoje, é muito comum ter cães em apartamento- assim como gatos-, por isso o aumento de oferta de cães de raça definida para vender, nos classificados de jornal

A que se deve este incremento de vendas? Moda? Influência da mídia –televisão- da arte- cinema, por exemplo? Apego aos animais? Solidão?

Com o envelhecimento da população e o aumento da expectativa de vida, tornou-se necessário buscar novas alternativas de preenchimento do tempo das pessoas, de modo a lhes proporcionar mais qualidade de vida.

Como os filhos saem de casa, por circunstâncias óbvias, com a aposentadoria, com perdas naturais que por serem naturais não deixam de ser menos sofridas, para não ficarem só as pessoas procuram alternativas. Os animais tornaram-se o alvo principal para suprir essas carências.

Não ter com quem falar, para quem vive só, falar com os cães, mimando-os passou a ser outra alternativa além de ligar para familiares e amigos .Caminhar ficou menos solitário.Tarefas, compromissos, aumentaram já que tem que comprar a comida , a vacina, levar no veterinário. Para os mais tímidos, um auxilio na comunicação com outras pessoas.

Estudos indicam que possuir animal de estimação auxilia a baixar a pressão , reduz problemas mentais, afasta a tristeza e a depressão, pois a preocupação em suprir as necessidades do animal, afasta a preocupação dos próprios problemas.

Ajudam as pessoas a relaxarem, serem menos estressadas, auxiliam a diminuir tensões entre membros de uma família. São considerados central de energia positiva capaz de abastecer a família.

Por favorecer o equilíbrio mental do homem e o equilíbrio com a natureza, pode levar a indivíduo a necessitar de menos medicamentos. Ajuda na harmonização e equilíbrio.

Pela troca afetiva que se estabelece entre o animal e seu dono, ocorre até mesmo a elevação da auto-estima, afinal o animal, em geral, não é escasso na demonstração de afeto. Médicos utilizam em casas geriátricas na Europa e indicam como importantes no tratamento de pessoas com mal de Alzheimer. Poderíamos enumerar outras indicações ou vantagens. Na Espanha já foram utilizados até nas penitenciárias, não como guarda, mas como terapia e para diminuição da agressividade.

Além destes benefícios que citamos, não podemos esquecer aquela qualidade pela qual é sempre exaltado: a fidelidade .

Creio que o que mais gratifica as pessoas é o companheirismo no convívio diário, a alegria, o afeto ou amor incondicional demonstrado pelos animais. Não há mau- humor que perdure diante das lambidas recebidas (para quem gosta, é claro) e afagos trocados.

Vale lembrar que nem sempre é preciso comprar e não é por ser de raça definida que isto ocorre, portanto, quem desejar ter um e não puder adquirir procure este amigo nas campanhas de doações de animais promovidas pelas ONGs da cidade que se dedicam a tratá-los e amá-los encaminhando-os para adoção. Certamente serão todos gratificados, quem doa, o animal e quem recebe.

Isabel C S Vargas