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Verdade, com metáforas

 
Entre idas e vindas, vamos completar vinte e sete anos de casados... Nesta manhã eu olhei para ela, esperando encontrar algum resquício de amor. Não havia mais nada... Talvez, só um grãozinho de desejo, bem longe... Nada que assanhasse minha alma. Pois o amor vem da alma. Antigamente eu sonhava encontrar alguém, para amar durante toda a minha vida. Mas isso ficou só no sonho.

Não gosto de ficar pensando em como tudo isso aconteceu. Dói muito relembrar. Eu gosto de seguir adiante. O que passou, é passado. Perdeu, está perdido. Não adianta ficar procurando o porquê disto e daquilo. O tempo não volta. Você não conserta o que passou no tempo. Detesto o “se”. Aquela coisa de ficar pensando: se eu tivesse agido assim, se eu tivesse agido assado... Não adianta lamentar.

O negócio é o seguinte: o amor é um fogo, que precisa ser alimentado, para continuar aceso. O casamento, para durar, precisa de respeito, compreensão e criatividade. O meu ainda está durando, porque EU fico me virando para manter isso. Infelizmente sou eu sozinho. Como eu gostaria que ela pensasse assim também... Tudo seria melhor. 

Obs. A propósito da imagem, é porque eu chamo minha esposa de "gata". Só que ela é uma cobra.
 

                                                    06.04.2012