É Sempre Assim.
É sempre assim! Foi do mesmo jeito que aconteceu com José Saramago, com Sartre, Camus, Adorno, Bernard Shaw, Neruda, Borges e agora Garcia Márquez. Falam um tempo, os leiam vez ou outra, os citam em seminários, faculdades, terminais de ônibus, viram nomes de colégios, ruas, avenidas, mas de que adianta tudo se não estiveram lá pra cortar a 'fita da inauguração'? Se não puderam desfrutar a glória e nem gastar a grana do prêmio, seja qual for!
Nada suplanta a morte! É uma velha absurda kafkiana! Certo esteve Bukowski, por pouco período, no entanto... por pouco período... enquanto lhe duraram as pedras de gelo no copo, no tempo em que parou para ouvir, mesmo sem entender a letra, uma canção de Raul Seixas tocada numa rádio pirata, dentro de um botequim fétido em Los Angeles, no ano de 1976.