É a gente não está na mesma vibe

Sabe quando você está pensando em uma coisa em que você acha que a outra pessoa está pensando também, mas na realidade é só você que está pensando daquele jeito e a outra pessoa sabe Deus o que ela está pensando, se bem que seria muito legal da parte desta lhe dizer de uma vez por todas o que raios ela está pensando para não deixar você pensando daquele jeito? Desculpe, eu li agora e não deu pra entender nada.

Mas é mais ou menos isso, é confuso mesmo. As relações de hoje em dia não são mais baseadas em diálogo, mesmo que haja milhares de campanhas em redes sociais, por exemplo. O mundo anda muito cibernético e as pessoas estão indo nessa onda e o que é pior, se você não as acompanha, simplesmente é deixado para trás.

Ah, como era legal ficar horas falando ao telefone. Claro, que existia um limite por que a conta vinha num valor absurdo, mas até aí ficava mais interessante ainda, aquela disputa ridícula de quem desliga primeiro, ficou gravada naqueles seriados antigos da época do Orkut.

Hoje se a pessoa te mandar um SMS, case com ela. Ninguém está gastando créditos a toa. O mais complicado e sempre foi assim, é tentar descobrir o que a pessoa do outro lado pensa. A tecnologia só complicou mais ainda esse momento.

Vocês saem. Escolhem um filme. Ficam andando até dar hora de começar. Nada rola durante o filme, ok talvez não tenha gerado um clima, entendi seremos amigos. Acabou o filme, rola um beijaço. E depois lá fora, vários. E depois marcamos de novo e de novo e mais uma vez e aí você some. Sem dar satisfação nenhuma. Ah, as redes sociais, aquelas que você pode excluir e bloquear quando bem entender. Descartam as pessoas na facilidade que se bebe um copo d’água. É justo? Sendo ou não, acontece e não é mais apropriado usar a frase “vá para cama, pois é lugar quente”. Chorar pra quê? A vida está aí, o mundo é grande e cheio de gente. Aí você pega o celular, confere a sua agenda e se lembra que há outras milhões de possibilidades ou até mesmo os chamados ex. Você faz um teste. Um “oi”. Quem te responde leva o prêmio. Você marca com a pessoa, e vocês saem. E tudo se torna um ciclo vicioso.

Não podemos reclamar se continuarmos agindo como se fôssemos comandados por máquinas, é incrível como as pessoas hoje em dia falam tanto de não gostarem de serem solteiras, porém não se permitem mais conhecer uma pessoa de verdade e não simplesmente ler o seu perfil e achar que já sabe que presente dar de natal.

Viver é muito mais que um chip.

Gustavo Barreto
Enviado por Gustavo Barreto em 23/07/2014
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