A FIGUEIRA QUE SECOU (crônica de reflexão)

PARÁBOLA DA FIGUEIRA (crônica de flexão)
O Mestre das Divinas Parábolas encantava a multidão que O seguia, de um lugar a outro, ávida pelo sermão sempre contagiante! A palavra do Mestre, tão mansa, naquele povo simples, caía como pétalas de esperança e a poderosa energia emitida ao influxo da Divina Voz curava, na multidão, todo tipo de sofrimento atroz: no corpo físico e na alma! Para aquele povo, velava, escondia a palavra do Divino Orador, Sublimes Verdades, mas não estavam tão preocupados em conhecer ou em praticar tais verdades que pareciam muito superior a capacidade de compreensão deles; importava-lhes o alívio da dor! Viviam em sofrimento constante, abandonados à sorte; porque, se hoje, as pessoas sem posses matérias ainda sofrem o abandono no que se refere às questões de socorro aos problemas sociais prementes: saúde, educação, segurança, moradia; imagina naquela época!
Visto isso, pode-se entender melhor o desespero daquele povo em busca de alívio imediato às suas dores de todas as formas. E o Mestre sabia dessas dores e queria aliviá-las, tanto que colocou os pés na estrada (no sentido próprio do termo) em busca dos sofredores e, conforme os ia encontrando punha-se a aliviar seus pesados fardos de sofrimento, seja curando, seja, orando, seja ensinando,... Enquanto alivia as dores dos sofredores, vai deixando conhecimentos inesquecíveis para a eternidade da vida; para isso, usando suas magistrais parábolas, o Divino Mensageiro deixa à Humanidade de todos os tempos e do mundo inteiro, velados por alegorias, seus ensinamentos belos e verdadeiros. Fico a imaginar aquela gente atônita ante a lição da figueira; quando o Mestre “jogou praga” na figueira e ela, de imediato, secou, o que devem ter pensado! O Mestre das Eternas Lições faz secar bela e frondosa figueira porque ela vivia distraída e feliz com sua exuberante folhagem – sem figo! Esquece-se da missão precípua a cumprir na terra: produzir figo! Para o povo de então – o Mestre zangou-se com a figueira simplesmente porque ela não deu frutos.
E, hoje, como entendemos a paradoxal lição? Uma possível leitura da parábola da figueira, a minha leitura é esta: a figueira são as pessoas “felizes” de todos os tempos que só querem gozar a vida. Um exemplo desse tipo de pessoa que protelam para até quase o final de suas vidas úteis à benção de ser mãe ou pai, fazem isso, porque, dizem, têm de aproveitar a vida enquanto são jovens, algumas pessoas até abrem mão de ser pai ou mãe, não querem assumir essa responsabilidade. Outro exemplo são as pessoas improdutivas; os maus profissionais; os religiosos hipócritas... Enfim, o Mestre nada tinha contra aquela figueira, usou-a para exemplificar uma de suas lições inesquecíveis para a humanidade.
 
Manoel de Almeida
Enviado por Manoel de Almeida em 21/08/2014
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