QUEM CALA, CONSENTE
Durval Carvalhal
 
 
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            O Partido dos Trabalhadores teve tudo para fazer história brilhante no Brasil. Bastava focar mais na gestão e menos na política. Como corolário, a inflação sobe e o PIB desce; o investimento foge e o desemprego mostra sua cara; a ética desaparece para o domínio da corrupção.
           O PSDB calou-se vergonhosamente nos últimos 12 anos, talvez até por ter sido um partido novo, que nunca fora oposição, e não soube defender seu legado.
            Hoje, o povão não sabe por que há telefones à vontade; porque a inflação é menor que dois dígitos e porque existe o programa Bolsa Família, inspirado nos velhos programas sociais do governo anterior.
           Esperto e sem escrúpulo, o Partido dos Trabalhadores avocou para si tudo que o governo FHC legou de bom, e a grande parte da população acha verdadeiramente que tudo foi realmente obra do PT.
           Pior: a agremiação mentiu, mas mentiu tanto, até que convenceu parte da sociedade de que a herança recebida foi uma herança maldita, tal qual a Geni da canção popular brasileira.
                 Fez-se mágica: do belo, um feio; do visível, um invisível; do mérito, um demérito; do bom, um mal. E como consequência, o partido de Lula surfou em águas brandas, amadurecendo celeremente um projeto de poder, que pode dividir o País.
             Para isso, aliou-se com Deus e o diabo; aparelhou o estado; permitiu o uso da máquina, favorecendo a corrupção à mancheia; inibiu a imprensa; desqualificou adversários; cooptou o judiciário; feriu a democracia e já pensa que é dono do Brasil.
              Felizmente, no mundo hodierno, a democracia é uma árvore frondosa e com raízes profundas, dificílima de ser cortada por machados cegos.
Durval Carvalhal
Enviado por Durval Carvalhal em 15/10/2014
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