Paixão platônica

De tudo o que já senti, me sinto convicto de que a paixão, aquela repentina e sedutora, mais fala comigo, mais me atrai e me distrai. Aquele fogo que, num ímpeto de insanidade, acende sem dar vestígios, sem partir de faíscas ou se importar com inícios. Simplesmente nasce.

Para a paixão que em mim brota, não há acordos e regras de como proceder, não há diálogos. Minto. Há sim um diálogo, mas é platônico. Para Platão, amor é desejo, uma ânsia por adquirir algo que ainda não se tem. Amor é o que nos move em busca de um mundo utópico e que supra todos nossos interesses. Mas Platão generaliza ao chamar amor de paixão.

Quem se importa? Minha paixão é amor platônico.