Meu primeiro café

"A amizade é um amor que nunca morre." (Mario Quintana)

Nunca morrerá uma amizade onde a liberdade é frouxa e sorri feito criança.

O amor não morre nunca porque o perdão vai sempre existir.

A ausência física só é dolorosa quando não se tem boas recordações.

As letras de uma verdadeira amizade sempre existirão enquanto forem escritas pelo amor.

Ninguém pertence a ninguém, podemos amar sem amarrar.

Não podemos confundir amizade com dívida e cobrar atitudes impostas por algum conceito reacionário e fechado.

Falo aqui de pessoas normais, com certos “desvios” e “fraqueza” inerentes ao nosso período de evolução e transição. Pessoas que são passíveis de erros e acertos. Pessoas que aceitam críticas e que também se irritam com a falta de atenção, como eu.

Descobri a pouco tempo, que apesar de estar sofrendo posso ser útil e que a minha tristeza pode ser muito menor que a tristeza de outra pessoa. Descobri que posso ocupar meu tempo ouvindo alguém ao em vez de ficar triste e chorando num canto qualquer dos cômodos vazios de minha casa. Descobri que tenho mais cômodos vazios do que meu vizinho que vive se queixando de não ter espaço. Descobri que posso ouvir os lamentos de quem não teve a mesma oportunidade que eu. Descobri que sou querida, amada, respeitada pelas enormes mensagens e carinho que recebi mesmo de quem nem me conhece pessoalmente. Descobri que nem todos sabem demonstrar o que sentem e nem por isso são ruins ou indiferentes a minha dor. Descobri que você que leu minha mensagem até o fim entendeu o que eu quis dizer, pois o que te trouxe até aqui foi a vontade de entender.

Sou grata e meus dias serão poucos para agradecer tudo que me está sendo dado, inclusive esta oportunidade de escrever o que estou sentido.

PS: Depois de quase 4 meses, só hoje tive coragem de fazer um café só pra mim. Não é a solidão que dói, mas o que ficou sem ser dito ou feito. Por isso não perca a oportunidade de dizer ou fazer algo mesmo que pareça ridículo aos olhos de alguém.

Ana Maria de Moraes Carvalho
Enviado por Ana Maria de Moraes Carvalho em 13/08/2015
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