A Fé e a Razão

A fé frequentemente é adquirida na infância, pela imitação aos pais e pessoas que admiramos, na busca de segurança psicológica para enfrentarmos a vida e seus desafios.

A emoção desempenha um papel fundamental na construção da fé pessoal, ficando a razão num segundo plano, o que pode resultar em fanatismos ou simplesmente em desinteresse por qualquer ideia diferente das crenças cristalizadas.

Os ateus de carteirinha, sempre tem uma explicação racional na ponta da língua para muitos fatos da vida e pensam que as religiões com suas doutrinas e rituais mantém a espécie humana num estado de consciência infantilizado e que estimula a divisão entre os povos.

As crenças, também, facilitam a manipulação das pessoas em favor dos interesses políticos e do poder dominante em vários níveis.

Felizmente existem muitas pessoas maduras, inteligentes e de bem, que professam sua fé e respeitam as opiniões divergentes, sem se sentirem donos da verdade ou mesmo ofendidos.

Qualquer que seja a categoria do indivíduo, se ele disser que sabe o que é a verdade em termos dessa fantástica complexidade que é viver e morrer, é quase certo que trata-se de um presunçoso.

Quase, porque existem e já existiram seres humanos extraordinários, cuja estatura de inteligência, sensibilidade e experiência de vida certamente nos causariam assombro.

Desse modo, é preciso estar aberto ao assombro que as experiências pessoais, sejam do micro ou do macrocosmos possam nos proporcionar, ainda que as palavras sejam insuficientes para descrevê-lo.