Raridade na mídia fascista e golpista

Decididamente - foi denunciado pelos jornais do estrangeiro- a grande imprensa do Brasil tomou partido em favor do golpe.Foi sua porta-bandeira. E os profissionais desses jornais e redes de televisão amarraram os seus burros onde os donos mandaram, perdendo sua dignidade e sua independência critica, negociaram a honra, o brio e o caráter. Esqueceram a máxima de Caldeirón de La Barca: "Ao rei tudo, menos a honra".

Mas, felizmente, há as raridades, aqueles que preservam a sua dignidade e preferem falar e escrever o que pensam. Um deles é Jânio de Freitas da Folha de São Paulo, jornalão golpista mas que é obrigado a engolir o que diz o grande jornalista.Vou transcrever um texto dele do dia primeiro de maio, no momento quea FSP tenta justificar o apoio indefens[avel a um provável governo Temer:

FIM E COMEÇO

Jâniode Freitas

"Temer,o verbo, é uma obrigação cívica à vista do que se pode esperar dos citados,quase todos, para compor um governo Temer, o nome.A voracidade com que os oportunistas se lançam em disputa por um bom pedaço do governo só se equipara, em despudor, à ostensiva incitação desse ataque felino como expediente do próprio Temer - um modo de se fazer visto como presidente.

"Michel Temer está tão entregue a três ou quatro pessoas como esteve em sua longa presidência do PMDB. Combinação da fraqueza natural a pose artificial, Temer deu oportunidade e cobertura a que as piores correntes internas proliferassem no partido, situação da qual Eduardo Cunha e o mercantilista PMDB da câmara são dois dos vários efeitos. Foi a fraqueza, aliás, a razão das suas reeleições na presidência. Não haveria motivo para esperar algo diferente de Temer na passagem de uma presidência para outra. Até por já estar constituída, de sua parte e à sua volta, a mesma situação.

"Albert Fishlow, o mais conceituado dos brasilianistas, e agora uma das muitas vozes internacionais quea imprensa brasileira não divulga, tem uma visão a ser anotada: 'O impeachment não será o fim da crise. Será o começo'.

"Temer, o verbo por causa do nome, pelo que será dado ao Brasil é como um estigma, uma sina. Uma tristeza sempre repetida".

Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 03/05/2016
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