GOVERNO DESUMANO E CRUEL

GOVERNO DESUMANO E CRUEL

“A Justiça Divina tem várias maneiras de promover o restabelecimento da harmonia, diante das situações em que nosso orgulho falou mais alto do que o amor”. Tudo depende de nossa predisposição em admitir novo equívoco e corrigi-lo tão logo possível. {...}. (José Carlos de Lucca).

Achamos que os políticos atuais perderam a noção precípua do que seja governar, ou o que seja governabilidade. Governar é administrar, governar o País com firmeza e sabedoria. Reger, dirigir, ter autoridade sobre o que está governando. Deus, O Pai Maior governa o céu e a terra. Os governadores devem regular o andamento de: dirigir, conduzir e governar bem o seu Estado. Arranjar-se bem, cuidar de seus interesses, dirigir: saber governar. Essas atribuições são às mais simples possíveis, pois para quem governa um Município, um Estado ou o Governo Federal deve saber da responsabilidade que recai sobre si, pois o povo só é feliz com um governo produtivo, capaz e que possa trazer tranquilidade à nação.

Um governo voltado para o social e com planejamentos fortes e proveitosos levam a confiança do povo aos seus governantes. Dirigir, administrar, comandar, gerir e reger é algo que jamais poderá ser esquecido por um bom governante. Segundo Bresser Pereira, Governabilidade é a “capacidade de governar derivada da relação de legitimidade do Estado e do seu governo com a sociedade civil”. Para Eli Diniz são "condições sistêmicas de exercício do poder pelo Estado e seu governo em uma determinada sociedade." Já para Caio Marini são "condições de legitimidade de um determinado governo para empreender as transformações necessárias.”. O desafio da reforma do Estado e seu ajuste à nova ordem econômica e financeira global provocou profusa literatura sobre os conceitos de governabilidade e governança.

Maria Helena de Castro Santos. Uma pergunta que muitas pessoas fazem: Será que o Brasil está sendo bem governado? A maioria dirá que não. Será que o estado do Ceará em termos de município e governo estão bem governados? Diremos que não. A gestão do Prefeito Roberto Cláudio só aparece nas publicidades caras, pois são produzidas por atores que recebem bem por seus trabalhos, mas quando caímos em campo e começamos a visitar a nossa cidade, em especial a periferia notamos que a administração municipal é zero a esquerda. Ruas sem saneamento básico, sem capinagem, lixo que formam verdadeiras rampas, ruas e avenidas esburacadas, saúde morta, trânsito complicado, praças entregues ao comércio informal e outras mazelas que colocam Fortaleza como uma das cidades mais sujas do Brasil.

Obras que demoram anos para serem concluídas, quando não há desabamentos. Um cartão postal que parece mais um feira ambulante é a Praça José de Alencar, outra feira que nos deixam envergonhados é a da Parangaba, aliás, lá virou ponto de venda de automóveis. As lagoas da cidade que deveriam ser bem cuidadas estão entregues aos papudinhos e ao povão que faz o seu pic-nic deixando o local imundo e a espera de uma limpeza que demora mais do que passo de tartaruga. Os riachos que despejam água no oceano deveriam ser limpos e urbanizados. Não seria pedir muito ao prefeito que ele acionasse o seu secretário de urbanismo, e as regionais que nada fazem. São verdadeiros cabides de empregos.

Existem tantas plantas ornamentais que dão flores e suportam bem a temperatura, mas a prefeitura teima em plantar as velhas algarobas. Na Bezerra de Menezes, no corredor de ônibus os “gelos” baianos estão desalinhados e fora do lugar que poderão causar acidentes fatais. Fortaleza já é uma das 100 cidades maiores do mundo. Pegando um gancho do professor Renato pequeno em Fortaleza não existe mais um Centro, mas um sistema de centralidades, eixos comerciais e de serviço. É também uma cidade dividida, partida, fragmentada, no sentido das relações de convivência, que já não são mais as mesmas. Hoje não se tem mais uma vida na rua, amigos nas vizinhanças, mas cada um no seu espaço, recolhido.

Grupos homogêneos vão definindo os espaços aonde eles querem residir e querem predominar sobre aquele espaço, o que muitas vezes gera conflitos, que são percebidos à medida que determinados grupos indesejados são retirados. Nessa contraposição entre segregação e exclusão está a questão da circulação. A cidade cresceu, os espaços de segregação cresceram, mas não tanto. E o que faz a cidade ser segregada? Com a resposta o prefeito Roberto Cláudio. O governo do Estado não disse para que veio. Está se esvaindo aos poucos e a violência tomando conta da cidade. Não existe saúde, educação precária e segurança pública morta. O Ceará tem 184 municípios e pela Constituição cada um deles deveria ter um delegado de carreira para ser responsabilizado por sua segurança, no entanto, isso não acontece e muitos municípios são cobertos por Policiais Militares e com um efetivo reduzidíssimo.

Segundo o que preceitua a ONU (Organização das Nações Unidas) o ideal seria um policial para 250 habitantes, e nós estamos longe de alcançar esse efetivo, que deveria ser de 25mil a 30 mil policiais. O ex-governador Cid Gomes dizimou o Hospital da Policia Militar, quando da criação da Previdência do estado. Agora estamos sofrendo nas mãos de um plano desumano e mal gerido, pois pelo que sabemos o ISSEC está terceirizado. 11,5% do bruto dos vencimentos dos policiais militares são descontados e o tal do ISSEC só dá direito a um consulta mensal. Constamos que é a consulta mais cara do mundo, e além do mais um serviço de péssima qualidade. A mendicância é grande quando determinados exames são solicitados por médicos.

Os policiais militares querem seu hospital de volta, bem como a Academia Militar que foi derrubada para construção de um pavilhão de feiras. Pode Freud. O Secretário de Segurança não sabe o que fazer diante de tanta violência. O governador além de mal assessorado executa um governo fraco e debilitado. Há mais de 20 anos que policiais esperam receber os famigerados precatórios, dinheiro que foi surrupiado pelo ex-governador e hoje senador da República Tasso Jereissati. O Supremo Tribunal Federal (STF) deu um prazo para que esses precatórios fossem pagos, mas infelizmente muitos já morreram e as famílias desesperadas esperam receber esse dinheiro surrupiado, e o senador Tasso, ainda apelidou os policiais militares de “Marajás”.

Policia Militar, Corpo de Bombeiros e Polícia Civil tinham status de Primeiro Escalão, no entanto o “galeguim dos zóis azul” rebaixou para terceiro escalão, foi aí a morte antecipada da Segurança Pública. Sem saúde, sem segurança e sem educação o estado do Ceará vai fazendo a sua caminhada com destino certo, ao buraco. Deputados estaduais, vereadores voltem seus olhos para Fortaleza, antes bela e fagueira, e hoje triste, violenta e com muita sujeira. Não eram esses os governos que queríamos. Será que um novo prefeito com a envergadura do saudoso Juraci Magalhães, e um governador com as qualidades de César Cals precisam aparecer para salvar a nossa Fortaleza e o nosso Ceará? Pense nisso!

ANTONIO PAIVA RODRIGUES- MEMBRO DA ACI- MEMBRO DA UBT- MEMBRO DA ACE- MEMBRO DA AOUVIRCE-JORNALISTA E MEMBRO DA ALOMERCE.

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 24/05/2016
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