O Céu de Dumaville


O céu de Dumaville tem nuances diferente de outros céus.
 O céu de Contagem, por exemplo, às vezes é encoberto por fumaças. À noite acontece de não vermos estrelas. Olhos e corações enfumaçados, porque há lua, há sol. Mas isso é uma coisa comum nas metrópoles. O preço a pagar por ruas iluminadas artificialmente; shopping's; carros e canos de descargas.
  O céu de Diamantina é diáfano. Em noite de Vesperata desespera-se. Caem torrentes de fagulhas, que se diluem no espaço cósmico.
Já o céu de Dumaville tem silêncio de luz ausente. Rota de aviões.  Uma noite cheguei a contar dez, com pouco seriam doze, passeando entre estrelas, tivesse eu os sentidos apurados. Distraí-me com uma estrela cadente.
  O céu de Belo Horizonte já não é tão belo como antes. Faz tempo não vejo.
  O céu de Ponta da Fruta se vê até aonde as vistas alcançam, seja noite, seja dia. Tem cheiro de águas profundas. O céu de Ponta da Fruta tem baleias, sereias, pérolas em ostras, golfinhos, estrelas-do-mar...
  O céu de Dumaville tem nuvens negras, rajadas de vento, árvores assustadas, balançando. Às vezes o céu de Dumaville dá medo. Pode ser que a natureza esteja nervosa. Raios rasgam as nuvens. Bonito e amedrontador. Percebo, então, que na natureza, grande e pequeno, branco e negro têm a mesma importância. Relâmpagos e trovões, luz e breu integram-se.
  Concluo, que o céu é um só, manto comum.


 
 
A crônica acima está em meu livro Crônica do Amor Virtual e Outros Encontros - Editora Protexto.

Imagem: google

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Peço desculpas e paciência pela demora em retribuir suas visitas. É que estou envolvido na escrita de uma história infanto-juvenil, As Aventuras de Raul. Na medida do possível estarei retribuindo suas gentilezas. Obrigado, de coração.