Patati Patacolá

Hoje é brega falar em amor.

Falar sobre coisas boas é uma dificuldade para ser entendido.

Se dizer que tem uma dor logo todos em sua volta lembrarão de uma também. Já irá se fazer uma roda de interessados e o assunto vai estender-se até a ponto de doer os ouvidos ou alegar-se

um compromisso sério para sair do lugar.

Se o assunto é final de ano logo se esquece o velho.

Velho em todos os sentidos, aqueles de muleta, aqueles de história pessoal e profissional para contar.

E atenção, as pessoas estão ficando velhas para o mercado de trabalho cada vez mais cedo.

Da mesma forma comentar a política do país.

Geralmente a opinião na boca do povo é a mesma que a mídia

enfia goela abaixo.

Falta análise crítica, conhecer a história do país.

Ficou uma vaga lembrança do último voto para vereador, prefeito, deputado federal, estadual, senador e presidente da república.

Parece tudo facilmente rotulado como "farinha do mesmo saco".

Por vezes o Brasil parece um País sem sangue.

Como se as nossas veias fossem levando somente ar ´poluído

direto para a mente e voltando lentamente pelas artérias para se limpar. E como demora!

No futebol quem diria do "ópio do povo" inebriados ficou a fumaça.

Além do minério exportado às bagatelas sai das entranhas da pátria os grandes jogadores e cientistas também. Novinhos ainda com perfil de futuros atletas já são pactuados contratos de exclusividade. E la se vai a nossa maestria.

Vivemos ainda de utopia, sonhos e malandragens.

O nosso "jeitinho brasileiro" vai nos levar para mais um ano, delirante

2016. Escuto falar em corrupção desde criança então nada mudou.

E mudará?

Pagaremos a dívida do governo como sempre pagamos, com juros e correções monetárias.

Primeiro deixaremos de lado o supérfluo, depois fecharemos os olhos sobre mais falcatruas explícitas, aplaudiremos de pé os novos candidatos políticos que irão "salvar" o país.

E assim se vai, ano novo é mudança de data apenas isso.

Até nós vivemos só de promessa para nós mesmos, em sua maioria.

Sem tirar a bunda da cadeira, sem sair da inércia, sem sair do emprego merreca, é difícil ver novos horizontes.

Aproveitemos ao menos a nossa paz e vamos direcionar o nosso futuro.

Robertson
Enviado por Robertson em 15/01/2017
Reeditado em 15/01/2017
Código do texto: T5883175
Classificação de conteúdo: seguro