Vou falar sobre como vejo o aprendizado, e claro que é sobre as minhas experiências com isso.
              Hoje, já aposentado , não tenho mais um emprego como antes, tudo passa um dia, porém me mantenho ativo sempre, e produtivo. Neste momento estou terminando o serviço que me propus a fazer, pois era para seis meses, modestamente remunerado,  completando assim a minha renda. Já tenho outro trabalho para começar quando sair daqui, em outro estabelecimento, a pessoa me conheceu aqui, e me convidou, falta só amarrar as bases, e assim vou até quando Deus quiser.
               Eles dizem que entendo "tudo" de computador e me acham muito útil por isso, mas confesso que não sei tanto assim, só que já é o suficiente para fazer bem o trabalho. Sou muito curioso e aprendo muitas coisas sozinho, "fuçando".
               Quando me aposentei na Ford, continuei trabalhando mais alguns anos , mas sentia vontade de sair, as renovações de uma empresa grande vão sufocando  os mais velhos, que já não são bem vistos pela diretoria, mesmo que a gente quebre pedras, mais até do que os jovens.
              Nesse tempo fiquei bitolado em computador, pois usava só o sistema da Montadora, que é ótimo , mas limita o conhecimento mais amplo de informática, e quando chegava em casa o computador era a última coisa que eu queria ver pela frente, chegava esgotado e não queria saber, usava o mínimo do mínimo, mas quando me aposentei de vez evolui por conta própria, pois estava desamarrado, e a vontade ressurgiu.
              Me lembro que quando o sistema foi implantado na Autolatina, nos ensinaram muito " nas coxas", a pressão era enorme pois meio que de "goela abaixo", na correria, não havia tempo, e essas loucuras todas que todos já passaram um dia, e estava complicado entender tudo de um dia para o outro, as informações vinham realmente "jogadas", até que um dia, por sorte veio um analista muito calmo, chamado Celso, que pegou uma folha de papel e me disse; " Olhe Aragón, o sistema funciona assim; imagine que você está guiando por uma estrada longa , e sente que precisa dormir, então entra por uma vicinal onde há um pequeno hotel, descansa e retorna a estrada principal, depois quer almoçar, entra por outras vicinais, sempre retornando a estrada para seguir o percurso do seu objetivo ." Era tudo o que precisava, à partir daquele instante a luz se acendeu e o desenvolvimento foi quase imediato.
             O que quero dizer neste texto é que tudo tem um porquê, uma lógica, e quando entendemos isso, clareia-se tudo, dissipam-se as dúvidas. 
             Aprendi tanto sobre a linguagem do sistema da Ford, que depois passei a instruir os mais jovens, chegando a viajar às filiais para orientar colegas mais distantes, e sempre com paciência e dedicação, nunca escondi informações, pois conhecimento é a única coisa que se dá e continuamos tendo. Isso de bancar o egoísta com informações é uma tolice sem sentido. 
               
             
Aragón Guerrero
Enviado por Aragón Guerrero em 26/06/2017
Reeditado em 26/06/2017
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