JOGANDO O TEMPO

Em algumas praças, vê-se grupinho jogando cartas. Todos idosos, aposentados. Pela animação, deve ser Truco. Há dezenas de modalidades. Os mais populares são o Buraco, Cacheta. O Pôquer, dizem, que é bem sofisticado. Só tem graça se corre dinheiro, e bem alto. Há até uma brasileira que está milionária, frequentando cassinos lá no EUA e escreveu um livro a respeito. Mas você também pode jogar sozinho. A Paciência. E haja paciência para fazer bater. Há muito tempo que não vejo ninguém jogando. Com o celular e acesso a internet, esses entretenimentos vai desparecer. Não conheço ninguém do rol dos conhecidos que se dedique mais a esse passatempo. Há alguns anos, reunimos um grupo de casais sexta à noite, jantamos e depois jogávamos Buraco até o dia raiar. Só para animar, o valor da aposta era simbólico. Um real a jogada. E mesmo assim, destinávamos o valor a alguma instituição.

Quantas horas jogamos fora nessas bobagens todas? Mas valeram a pena. Servia para desanuviar os pensamentos. A vida não é feita só para trabalhar. Assim como a Dama, o Xadrez. A Dama sempre jogava numa barbearia de propriedade de um patrício. Quando não havia cliente, ele também era aficionado.

Yoshikuni
Enviado por Yoshikuni em 26/06/2017
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