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MORRENDO DE SEDE EM FRENTE AO MAR = EC
O DIARIO DE UM VAGABUNDO
  ‘Às vezes eu me sinto como se estivesse morrendo de sede em frente ao mar.
  Vejo água, muita água, lançadas em ondas provocantes a caçoarem da minha insignificância ao sucumbir de sede à sua frente.
  É a Vida que me olha com desprezo como se eu não merecesse viver.
  Mostra-me as pessoas apressadas indo para o trabalho ou o lazer, mães levando os filhoe pelas mãos, crianças que começam a empolgante aventura de viver. Casais de namorados alegres caminhando juntos para algum ou nenhum lugar
  A pé, nos coletivos ou nos carros particulares todos caminham, vão a algum lugar, buscam alguma coisa e eu fico aqui, um inútil vendo tudo desenrolar-se ao meu redor sem poder participar de nada, como o pobre sedento diante das águas do mar, inútil para saciar-lhe a sêde, pois o mundo a minha volta não pode satisfazer-me a sede de viver, de ser útil, de ser alguém.
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Este texto faz parte do Exercício Criativo -
Morrendo de Sede em Frente ao Mar
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Maith
Enviado por Maith em 20/11/2017
Reeditado em 20/11/2017
Código do texto: T6176985
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