QUEM SOU EU ?

Há algum tempo atrás me lembrei de um acontecimento em minha vida que reverbera até hoje.

Na época em que estava grávida da Felly, fiz um workshop com meu marido então, de todo um fim de semana, num hotel muito gostoso, com um mestre Zen Budista, que antes de sê-lo, foi durante mais de vinte anos físico e professor na USP, lembro até hoje o nome dele: Aron Abend, o nome como mestre Zen, eu não me lembro, mas tem vários livros publicados.

O Nome do workshop: QUEM SOU EU?

Nossa foi uma loucura total! rs

Tinham mais ou menos umas 60 pessoas, eram feitas as duplas que mudavam a todo instante, e ora ficávamos perguntando, e não podia dar folga:”quem é você?” e o outro tinha de ficar falando sobre si, se ele parasse, tipo interrogatório tínhamos de perguntar de forma a fazer o outro falar, depois o papel invertia, isso o dia inteiro, tipo lavagem cerebral, somente era intercalado por danças, onde os olhos eram vendados e tocavam músicas com intuito de levantar a kundalini (energia localizada na base da coluna vertebral), muita gente entrou em profunda catarse!E a dança que delícia, o corpo serpenteava sozinho, no meu caso.

Bom no outro dia a pergunta era, maçante lavagem cerebral de novo: Quem NÃO é você??? Novamente intercalado por danças...

Então logo descobríamos que estávamos nos contradizendo, boa parte das afirmações do dia anterior, viraram negação neste dia seguinte! E tudo de forma muito espontânea.

E assim prosseguiu loucamente, até que no final, a mente estava vazia, totalmente silenciosa e conseguiu-se que apenas “O OBSERVADOR” em nós surgisse.

Conclusão, o ego é e não é um monte de coisas, personagens, idéias, fantasias, experiências, e vai mudando de quadro a quadro, enquanto nossa essência tudo observa, em silêncio, mas conectada à melodia do universo, o todo a rede/teia... Ali reside nosso verdadeiro eu, que devemos aprender a nos manter conectados para podermos ser REALMENTE sãos, sermos realmente nutridos pela energia amorosa do universo...

Não é tão simples manter esta conexão o tempo todo, mas é perfeitamente possível, lá está o meu arco-íris, onde tento encontrar outras almas individuadas.

No mais acreditamos e damos até a vida por um monte de bobagens...

Depois daquela vivência, nunca mais fui a mesma, ou melhor, fiquei mais eu mesma, sem medos...

E tem coisas que estou ainda vendo e descobrindo desde aquele tempo...

O mais difícil foi voltar ao normal desta sociedade ao sair daquele hotel, levei uma semana para retornar “ao normal desta sociedade”... rsrs

(Susie Sun)

Susie Sun
Enviado por Susie Sun em 26/11/2007
Código do texto: T754116
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