Manifesto pela Liberdade de Pensamento (em onze dias) 02

... que um homem ou um grupo de homens quer, e é falácia ao quadrado por Gramsci pregar que, na sociedade, se deve atingir o consenso (SENSO COMUM) entre todos os homens: se há imposição não há consenso. Gramsci adota Maquiavel, pouco importando se seu discurso é falacioso, o que importa é atingir o Poder Político e seus seguidores sabem que seu discurso é um jogo de falácias: toda falácia consciente é SOFISMA. O que está ocorrendo ao Brasil e à Venezuela, no momento atual, é a manipulação do Pensamento, uma procura para que todos pensem o Pensamento marxista, de forma homogênea, com a exclusão dos que pensem de forma contrária. É falácia dizer que se trata de Materialismo Histórico Dialético, pois, por definição, na Dialética a tese não destrói o seu oposto, a antítese, mas com ele se amalgama; é sofisma, pois o homem mais ignorante sabe que destruir a oposição não é fazer uma síntese, mas impor-se a ela.

A manipulação do Pensamento individual começa pela manipulação da Liberdade de Escolha. A manipulação da liberdade de escolha ocorre quando, em um texto ou situação, faz-se o homem concordar com “vontade igual liberdade de escolha (livre arbítrio)”; durante um tempo sua mente é, então, distraída com uma série de afirmativas ou eventos, bem selecionados, para, em outro ponto do texto ou situação, o homem ser induzido a assumir que “o que quer deve ser transformado em ato” e a “efetivar os meios de expressar na ação a sua vontade”, em um contexto em que a vontade do homem, com o objetivo de impor-se, já tenha sido preparada para fazer quebra-quebra geral de bens públicos e privados. O homem se torna marionete do ideólogo e de seus seguidores: quem quer quebrar tudo é o ideólogo para criar a situação caótica em que “lideres” entrem como os salvadores da humanidade. Estes líderes, no entanto, por enfeitiçamento com as palavras, leva seu leitor ou ouvinte a realizar os atos anti-sociais necessários para destruição da ordem vigente, e, deste modo, os líderes podem dizer não terem responsabilidade sobre os eventos de quebra-quebra e de paralização do funcionamento órgãos vitais das cidades. É preciso retornar ao Princípio de que quem incita e orienta a manifestação popular é co-responsável pelas consequências dela decorrentes, os prejuízos materiais muito mais que os louros.

Este processo é de difícil percepção para o homem comum, pois o discurso mágico que manipula sua mente, embora possa já estar pronto, é dado fragmentariamente, em campos situacionais previamente estudados e encenados como se Realidade fosse. Manipula-se a situação em uma sequência de atos, que para serem compreendidos deve-se lembrar dos atos teatrais, de happenings, que, diferentemente de Maio de 68, produzem efeitos reais e não apenas virtuais em uso de uma simbologia orquestrada, que deixa de ser simbologia exatamente por sair da linguagem abstrata para linguagem concreta, inclusive com mortes reais. Assim se explica a permissividade dos Poderes Constituídos para com os movimentos que se dizem populares e que promovem atos de vandalismo e de estrangulamento da vida do Estado, seu funcionamento; o funcionamento de vias públicas e o funcionamento da vida de cada um dos cidadãos. Com qual objetivo? Com o objetivo já explícito de impor a transformação da sociedade em uma sociedade que repita os modelos já historicamente vencidos de um socialismo que não deu certo, o socialismo marxista, pelo controle de seus fatores culturais através do controle do sistema educativo, da propaganda e dos meios de comunicação.

Com respeito aos indivíduos, o grande defeito pelo qual a mente humana passa a ser manipulada por um ideólogo que se auto-intitula salvador da humanidade é a compreensão imediata do que se lê, a realidade que está sendo vivenciada ou quando se lê um texto qualquer. Ler e compreender apenas pelo sentido que se tem internalizado na mente. Ler por compreensão imediata que “aquilo que se quer”, “que se tem vontade de fazer” deve ser feito. Isto é egocentrismo, impôr ao discurso que se recebe apenas o sentido, limitado, que se tem dos sentidos das palavras, despreocupando-se do sentido que o emissor usou, ao lado do desconhecimento, por não recebimento de educação formal suficiente, dos recursos de retórica e de oratória que levam ao encantamento. Pode-se argumentar que as palavras têm sentido como previsto pela Língua que se fala, mas é isto esquecer que existem os dicionários registrando os vários sentidos das palavras, e deixar de lado o Tesauros, o registro de todos os usos de acordo com “campos de significação” específicos: as palavras têm sentidos! Esta é a primeira dificuldade da compreensão imediata, não é dado a ninguém conhecer e internalizar todos os usos (sentidos) das palavras.

A outra dificuldade é dada por Ideologias. As pessoas abduzidas por Ideologias...

(continua)

Gilberto Profeta
Enviado por Gilberto Profeta em 14/06/2014
Reeditado em 15/06/2014
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