Da necessária balada do poeta, livre, encantador!



Estabelecer o que ama é ajuizar no papel a palavra, o texto e seu amor, ou muitos amôres. Minha versejada libertária e não necessita-se de rimas ou as regras. O pulsar lívido do lápis não mecânico, mas humano- a tecnologia do físico, do humano, sem máquinas ou lorotas mecanicistas.
O pulso a se soltar, com o poetar digno da alma, um lápis a declinar e auma aventura de pés nús entre ruínas da vida, das coisas, dos homens. Coração livre para desejar verbos, sílabas cândidas de alguém que ama e que está acima dos poetas mais simplório que tenta se elevar. A carga a se levar é extasiante, parecendo pesada, nas folhas de papel ou arcaicos pergaminhos!
Ao mortal dos homens ( e das mulheres ) é facultado o espirito que inexiste nos animais: o ato de escrever, purificando literaturas, discernindo a realidade que nos machuca, o real que impera nas leis ruins da verdade que não é aquela verdade conhecida. Por tudo a unidade do verso em si, a luta do poeta no sentir, tanto descalço quanto em orgulhosos sapatos! O meu amôr por aí se bastou desaparecer e digo que poetar isso é próprio dos seres humanos proverbialmente sapiens! Nos deram a pena, a folha e o ar que se respira...
A poesia pode estar nas mais ranzinzas entranhas dos documentos oficiais, estando comigo, no sangue que não enregela, na alma esquisita de uma louca poetisa que admito existir algures. E eu sou mais uma na fátua oceania dos mares, das águas em marés valentes, do piso que logo derreterá em nossos pés de poetas. E o medo é mais um abosismo de águas turvas para impedir essa argumentação. Sou a livre donzela, o insípido bom poeta herege, a dona do espaço ao luxo, todos e um em uma criatura que usa das palavras o seu mel que nunca lucra.
Pousamos as asas, de tão etéricas reveladas mortes, de tão sublimes vocações da poesia, ou do poema, destas asas lustradas pelo pensamento no grafite, na tinta ou que seja. E somos a febre da humanidade, à espera dos momentos que sempre elevam os seres, amados ou desarmados.
O meu amôr é o seu acordo. A frase imortal a estrela fixa. O meu coração ao peito de seios cálidos, somos um só e tu me queres. Na prosa o que tenho você pedirá o verbo. Num poema me dirá juras quiromantes, de quem as mãos se ocupam iludir mascaradas predições.
Já está na hora de palavras bonitas, das letras bacantes, das marcas do poetinha-rei contido além-mares. E tenho na verve e no sangrar de sempre este amôr imenso, calamitoso, quase universo por tudo. A obra do alquimista que vive a poetar a quintessência de seu ouro-sonho! A pedra filosofal de quem nem sempre é ou foi filósofo em todos os tempos.
Minhas palavras cimentam-se na pedra, na folha. De granito eterno será a perdição, o meu alento, a minha pedreira sem safiras mas que cintila na gema apreciada de minha paixão. E sou homem e mulher, a mesma dupla
que me negam a poesia de sentir-se amada ou amado nenhures.
Sim, temos na poesia a aventura de estradas violadas por rodas, as areias do tempo incansáveis, as cidades ôcas de brilho técnico, a cada canto que o olhar pioneiro dos outros se dispôs a serenar sonhos. Tenho a grande arma que cala canhões e reza para destruir o que separa e unir as diferenças. Digo aqui o que poucos entenderão e assumo os riscos
Já está na hora de eu dizer o que me perguntarão ofendendo e clamando compreender. Meu ser íntimo, meu peito feminil, minha máscula inferioridade, minha fama caladinha - tudo de mim exige que minha poesia adentre a revolução da mente poetando, poetizando se quiser chamar assim. Estou livre por ora, a divulgar que meu sofrimento, minha solidão de isolado, deste exílio sem companheiro, minhas dôres ambíguas. E a cada passo da vida aprendi o enfarte que catequiza o selvagem coração de quem ignora avisos. Poesia é meu luxo, minha marmita quando ando pelo mundo ingrato, tolo, dogmatizado e sistêmico, o todo que me protege da realidade que sempre nos doutrina a machucar os pés entendiados.

Agora deixo frases, o comentário, algum maior talento de minhas mãos na caneta, no teclado, no pensamento. E não sou uma estátua sem pensamento, ao contrário dos crentes fanatizantes ou da cega turba ignara. E luto por ser digna, digno, sei lá mais o quê...e poetando!

Vamos saborear o riso e ignorar petiscos... ( Jú e outros egos )
Jurubiara Zeloso Amado e Todos os meus egos!
Enviado por Jurubiara Zeloso Amado em 04/04/2015
Reeditado em 04/04/2015
Código do texto: T5194217
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