Não vale a pena...

Não vale a pena se preocupar com qualquer coisa, qualquer circunstância, no final as lembranças ruins sempre acabamos esquecendo. É comum pensar no mais lógico e não levar a vida tão a sério, é simples e humano acreditar em tudo de alguma maneira faz sentido. Não importa se você realmente tenha ou não acontecido, o mais sensato é aceitar as coisas como um aprendizado e não ser contraditório. Pois o mundo já decidiu seus parâmetros, seus sonhos, os seus ideais, suas funções. Não tem importância o supérfluo perante a supremacia do quotidiano, o mundo nem se importa com a dor dos arrependidos. A única coisa que importa é não errar com dissimulação, porque quer errar, pois não devemos perder o brilho de uma pessoa civilizada e ser humano. O mundo é louco e ingrato, por isso não podemos jamais deixar que nos faça seus escravos, parar de pensar por quanto tempo continuaremos a remendar as feridas e a fingir estar curados de uma dor que nunca sarou! Pensar que sim, apesar de tudo que nos cerca, adianta viver, apesar de tudo, se não pensar assim você não conseguirá ir além do sofrer por uma eterna ferida que nunca conseguiremos curá-la definitivamente. Vale a pena rir, socializar, silenciar para ouvir, responder quando for preciso, parar de condenar o mendigo e louvar ao Marquês seria um bom inicio; deveríamos parar de andar pelo mundo sangrando com um corpo sem alma. Diga-me, você que diz saber tudo, entende tudo, e quer ensinar tudo, que graça tem em emanar tanta falsidade, sorrisos falsos, não seria mais justo ser apenas você mesmo, frágil, vulnerável e arrependido dos próprios erros, ao invés de exigir dos outros?. Por que nos custa tanto aceitar que muito de nossas feridas são fruto de nossas próprias escolhas ruins? Por que nos esforçamos tanto para fingir que não sofremos, quando seria mais fácil mudar e ser, apenas ser, que vida inútil essa nossa, uma fotografia para tentar traduzir o inverso da alma! Não vale a pena, condenar a alma com à angústia que deixa a hipocrisia, rasgar o coração com a dor de um inocente, e não se importar em reconhecer quem foi o culpado ou se merecia; na verdade, o que realmente importa para nossa vida estúpida é que não tenhamos esquecido os erros alheios, desde que esqueçam os nossos, Será que vale a pena ser assim, faz algum sentido não ter consciência para deixar os erros alheios para trás e abrir o coração ao perdão e o esquecimento? As vezes é necessário deixar que sua alma siga a chorar em silêncio, também faz bem, mas não deixar as lágrimas sozinhas tentarem curar e parar de pensar só no impossível, ou talvez, simplesmente não queremos, por isso chamamos de impossível. Recusamo-nos a não aproveitar o intangível, preferimos a tristeza, ou a alegria falsa, é melhor que renunciar às nossas máscaras de orgulho e simplesmente ser sinceros conosco mesmo. Se alguma vez lhe deixei mal, lhe peço perdão, mas não o fiz por vaidade ou por querer ser melhor, lhe peço perdão com toda minha alma e sinceridade; eu sei que errei, e lamento ter lhe causado dor. Perdoe o meu coração, pois se me der licença, eu também me perdoo, eu perdoo o meu passado, perdoo as minhas lágrimas e o meu desamor.

Vil Becker
Enviado por Vil Becker em 12/11/2016
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