Poeme-se... Já!

Para não se perder nas armadilhas dos vazios

Que te deixa no buraco negro do espaço vadio

Para aliviar o sabor acre da cruel existência

Perdido no vácuo sem espaço para o toque carnal

Para que sempre possa amenizar da vida, os dramas

E deter a companhia necessária para as tuas chamas

Para não ator... Doar-se da inutilidade do tempo estreito

Onde é escravo das artimanhas e façanhas dos sujeitos

Para colorir de abstratos o prisma da nua realidade

Tão crua e insensível que precisa da cor da fantasia

Para encantar os óbvios de maviosidade.

Dando a eles um retoque de sensibilidade

Poeme-se...

Para não deixar despercebido: o fino véu transparente

Da beleza que cobre toda a fealdade nua da infelicidade

O doce alimento das idealizações puras e irrealizáveis

Dourando a pílula dos sonhos das não concretizações

Para que possa da simplicidade bem assombrar-se

E ter nela a sua doutrina possível das realizações

Para que em ti, acesas, brilhantes, iluminadas de neon

Todas as luzes permaneçam estrelas com tapetes de visom.

Poeme-se...

Lufague & Hilde

Navegando Amor e Lúcia Guedes (LUFAGUE)
Enviado por Navegando Amor em 06/06/2015
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