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MINHA SOMBRA
Ysolda Cabral


Sem uma plausível razão, 
vejo tudo preto no branco...
A tristeza é tanta que a solidão
me convida para dançar tango.

Paro e penso... E porque não?
Se não há música, eu canto!
E o canto vem com emoção,
cantando o meu desencanto.

Logo me recolho acanhada
à minha total insignificância.
Sobra sombra admirada

na parede fria e alaranjada,
comemorando a extravagância, 
se descabelando de dar risada.

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Praia de Candeias-PE
Em 27.03.2017
Apenas Ysolda

(Seguindo os passos poéticos
da minha musa, Ysolda Cabral)


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ESQUELETO
Odir Milanez

Sem restar razão plausível,
vem tudo branco no preto.
A solidão, senso horrível,
se convida a ser soneto.

Penso e paro. É impossível!
A si não me submeto!
Sem ceder crença ao incrível.
ao parnaso me arremeto.

Mas não escuto o inaudível
Volto ao meu antigo gueto
onde o verso é-me acessível.

Pinto no muro um esboceto.
O rascunho é inconcebível:
há de poesia um esqueleto!!!

JPessoa/PB
28.03.2017
oklima

Para escutar a música de fundo, acesse:

www.ysoldacabral.prosaeverso.net