Luz do mar

A madrugada não recolhe os meus pecados

Um corvo, covarde bêbado pela esquina que me esqueceu

E você, como uma bailarina das mansões sentimentais, falece

Uma tôrre, como pendão de perdões e lamentos

E das brumas de um farol que me basta

E de um cordão que enrola na. minha face como um furacão

Um vendaval de mãos e beijos, paraíso de nós

Telemetria de calma e ventania

Tua boca como um lago que rouba silêncios e lenços

Um coração de vales, cachoeiras e estilhaços de nós

Vela de um barco, como lema da minha bandeira

Como um olhar de um sentimento perdido

E de tuas mãos que me abrigam.

Cláudia Gonçalves & Carlos Gurgel.

Cláudia Gonçalves
Enviado por Cláudia Gonçalves em 14/08/2007
Reeditado em 11/09/2007
Código do texto: T607522