Janelas abertas e sem grades.

Pois é, imaginem que estou corajosamente encarando escrever diretamente no editor do blog, com todas as dificuldades que tenho com nosso maltratado português.

Comprei um notebook novo, tem windows 7 e um teclado tão complicado que estou em apuros, qualquer tecla mal usada pode gerar imprevistos terríveis!

O word sequestrou todos os meus textos prontos para revisão, e não posso mais usá-lo, entrou em greve!

Modestamente preciso de um notebook que funcione mais o velho e bom word, aquele que me ajuda a corrigir os textos para não fazer feio, pelo menos não tanto, rsrsrs...

Então aqui estou, em frente à telinha cheia de ícones e botões, o mundo na ponta dos dedos.

Todavia, quando penso no que gostaria de dizer para vocês hoje, algo que fosse bonito e agradável, só me vem à mente o fogão à lenha da vó, as janelas das nossas casas antigas, sempre abertas e sem grades, as cadeiras nas calçadas, as pedrinhas coloridas que a gente colecionava...

A gente catava no chão as pedrinhas...

E como eram bonitas! Para mim, pareciam jóias.

Naquele tempo, sequer imaginava o mundo de hoje.

Para ser feliz bastavam as pedrinhas, o fogão a lenha de onde saíam as guloseimas, as janelas abertas onde já adolescente, costumava deixar os cotovelos apoiados para olhar a rua calma demais para a minha impaciência juvenil.

Hoje tenho saudades das janelas abertas e sem grades e do tempo que tinha para ficar olhando a rua, esperando sabe-se lá o quê.

Os tempos eram de espera. Existia um futuro pela frente.

Agora o futuro chegou, com suas tecnologias incríveis.

Será que mudamos tanto assim?

Jeanne Geyer
Enviado por Jeanne Geyer em 12/08/2010
Reeditado em 17/07/2016
Código do texto: T2433703
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