IDÓLATRAS OU ICONOCLASTAS? ENCONTRE SEU PONTO DE EQUILÍBRIO

Se um simples nomes de personagem te causa um “amor” ou afeição extrema, te cegando de tudo o que se diga contrário da história desse personagem, cuidado: você pode estar sendo um idólatra. Se do mesmo modo, um mero nome de um ser, ou ideal de uma pessoa, te causam uma raiva e repulsa incontrolável, atenção: você pode estar sendo um iconoclasta. Ambos os extremos são perigosos, e deixam as pessoas abobalhadas, como se estivessem lutando, dando socos no ar, ou como se estivessem tentando abraçar a própria sombra. Esforço inútil, resultado inútil.

Agora leiam com atenção esses nomes:

Sergio Moro, Lula, Adolf Hitler, Roberto Carlos, Michael Jackson, Buda, Jesus, Karl Max, Meca, Jerusalém, Aparecida do Norte, Krishina, Lúcifer, Carnaval, Angelina Jolie, Justin Bieber, Martinho Lutero, pecado, salvação.

O que significa essas palavras? A depender de sua idade, seu grau de instrução, sua maturidade, ou evolução espiritual, essas palavras irão causar reações diferente aqueles que ler. Irão causar boas lembranças, emoções de ódio, ira ou esperança em pessoas diferentes. Algumas pessoas pensarão em coisas boas ao ouvir ou ler palavras como Jesus, Martinho Lutero e Jerusalém e sentirão repulsa ou ódio ao ouvir palavras como Buda, Meca, Lúcifer. Idealistas sentirão orgulho ao falar em Karl Marx ou Adolf Hitler. Amantes da música sentirão bons sentimentos ao ouvir palavras como Michael Jackson e Roberto Carlos. Adolescentes piram só em ouvir a palavra Justin Bieber. Os que enxergam em Lula uma boa pessoa, tem suas esperanças renovadas ao ouvir ou ler esse nome. Os que acreditam que a lava jato estar no caminho certo, pronunciam de boca cheia a palavra Sergio Moro.

O que tudo isso tem em comum? As emoções e sentimentos que cada palavra traz embutidos. Palavras são apenas letras rearranjadas. Apenas 26 letras do nosso alfabeto de forma rearranjadas e mais alguns acentos gráficos, geram milhões de significados diferentes. O que sentimos ao ouvi-las ou pronuncia-las depende muito de nossa programação mental. O fato é que a grande maioria de nós estamos 100% aceitando algo ou 100% rejeitando algo o tempo todo. Quando não estamos sendo idólatras (construindo ou adorando ídolos), estamos sendo iconoclastas (destruindo ou perseguindo ídolos). Nosso objeto de louvor quase sempre é o objeto de repúdio alheio e vice versa.

Dificilmente conseguimos achar um ponto de equilíbrio entre as coisas. Por isso vivemos em guerras, e construímos deuses que nos representem, para em nome deles atacarmos uns aos outros, sejam esses desses metafísicos ou humanos. Disfarçamos o que somos ou sentimos, projetando nossos erros, acertos e anseios em algo ou alguém. Nossas emoções são confusas nossos sentimentos manipuláveis. Poucos de nós sabem identificar o que realmente estão sentindo do que estão querendo. Muitos dizem saber o que querem, sem saber aonde isso os conduzirá. Menos pessoas ainda conseguem identificar que são vítimas das próprias ações, reações e sentimentos não identificados, sejam no individual ou no coletivo. Quando se fala em estar inseridos em um grupo, principalmente religioso, ai se torna quase impossível identificar seus próprios sentimentos, pois quase todo membro de grupos, vive sob coação, seja do líder qual todos veneram, respeitam ou temem, seja por meio da hierarquia abaixo destes, ou seja pelos demais membros, que vivem a guardar a “sã doutrina” e nesse ponto, vivem a delatar uns aos outros, quando existe a mínima suspeita de “pecado”. Cria-se em todos uma espécie de POLÍCIA DO PENSAMENTO, cujo objetivo é monitorar os próprios pensamentos, repreender em nome de Jesus, ou vigiar para que outros membros não sejam vítimas do “engano do diabo” quando surgirem dentro de si autoquestionamento sobre si mesmo, ou sobre seu grupo, seus líderes, ou o objeto de culto. Não precisa de cercas ou grades nessa prisão. Todos são prisioneiros e todos são carcereiros ao mesmo tempo. O compromisso não verbal flui em todos por meio de um pensamento coletivo. Esse modo de ser as vezes é identificado pelo o pacto do silencio mútuo, ou o pelo pacto de reação coletiva ao ponto de vista do outro (idolatria e iconoclastia simultânea).

Nós não temos dificuldades nenhuma em criar ídolos nem tão pouco em desfaze-los quando esses não nos servem mais. Vejam: ninguém faz protestos ou críticas quando um famoso pop star cobra 3 milhões de reais para fazer um show de 40 minutos numa cidade, cantando no máximo 15 músicas e cuspindo na cara do povo. Se cada ingresso custar 5 mil reais, as pessoas pagarão sorrindo e não veem problemas em seu ídolo possuir uma fortuna gigantesca enquanto eles mesmos mal tem o que comer em casa e vão assistir a um show destes por um preço absurdo sendo que este show que nada trará de útil as suas vidas. Se a passagem de ônibus coletivo tem um reajuste de 5 centavos depois de um ano, então essas mesmas pessoas fazem protestos, incendeiam ônibus, quebram coisas, e chama isso de injustiça e dizem que estão sendo roubadas. Observem que o ônibus, é o meio de transporte pelo qual eles vão diariamente aos seus trabalhos, ganhar o pão de cada dia, para pagarem suas contas e terem uma vida digna. Sem esse veículo, numa cidade grande, tudo seria diferente, o transito seria impensável com a quantidade de carros pequenos ou motos circulando. Por que as pessoas pagam 5 mil reais sorrindo em um show que não lhes traz benefício algum, e não pagam 5 centavos para um bem necessário qual depende seu trabalho? Simples: um show de um cantor, desperta emoções e sentimentos individuais e coletivos uma passagem de ônibus não provoca o mesmo efeito, pois são coisas mecânicas, que fazemos todo os dias. Em um grande show de uma pessoa famosa, é o momento oportuno para o indivíduo extravasar o “amor” que sentem pelo seu ídolo, desejar ser iguais a ele, e ter assunto para falar nas rodas de conversa por toda uma vida. Se é uma coisa que todo fã fanático gosta na vida, é falar do seu ídolo. Conhecem pouco sobre si próprio e tudo sobre o ser que idolatra. Negam coisas simples a si mesmas e ofertam tudo ao ídolo. As vezes encarnam o próprio personagem, e são capazes desfazer amizades centenárias a quem ousar falar uma coisa que não seja do agrado deste fã. O ídolo pode ter 1 milhão de erros ou milhares de incongruências em sua auto existência, mas basta apenas 1 acerto, nem que seja fictício, para que o idolatra estar realizado.

Religiosos não são apenas os frequentadores de igrejas, ou que doam seu tempo e dinheiro a líderes e as divindades. Qualquer um se torna religioso, ao fazer de um costume, hobby, habito, ou crença uma religião pessoal, adorando, defendendo, endeusando a qualquer ser ou ideia e perseguindo tudo que se oponha a este.

A iconoclastia também se torna uma forma disfarçada de religião. Quando alguém passa a maior parte do tempo, apenas criticando ou perseguindo o ídolo alheio, estar sendo um religioso transvestido. A idolatria e a iconoclastia são ambos, males quase inseridos em nosso DNA social. O meio em que crescemos e vivemos nos impulsionam a isso o tempo inteiro. Um idólatra ver num iconoclasta uma ameaça pessoal assim como o segundo ver no primeiro a causa de sua existência. Um vive a criar ídolos, o outro vive a destruí-los. Um acaba se tornando hospedeiro e outro parasita, só depende do grau de intensidade do ódio mútuo que desenvolvem entre si.

Os ídolos, todos eles, vão e vem, tem seu momento de auge, para depois entrar em declínio, serem esquecidos ou receberem nova roupagem. Quem tem pelo menos 30 anos de idade, conhece no mínimo, 50 personagens famosos da música, da política ou do esporte que foram do luxo ao lixo de forma meteórica. Pessoas que viviam em todas as capas de jornais e revistas de 20 anos atrás e adolescentes de hoje, mal sabem que eles existiram.

Para continuar sendo um ídolo humano, é necessário um equilíbrio em agradar ao público, agradar as pessoas que te financiam, e agradar aos donos das mídias audiovisuais. Qualquer vacilo é cavar a própria cova. Jamais um ídolo humano deve viver sua própria vida, tem de viver uma vida que lhe foi desenhada para que este viva baseado no fator ação, reação e lucro. O público é o motivo número 1 para a existência de qualquer ídolo, e por isso, os que vivem disso sabem que tem de estar disposto e concordar com o perfil que o público imaginou para que este represente. De bom mocinho a bom bandido, se queres ser um ícone social, viva o sonho dos outros esqueça seus próprios sonhos, ou pelo menos esconda-os. Nesse outro ponto entra os financiadores, outros artistas, líderes políticos ou religiosos ou pessoas poderosas, que diz como ó ídolo deve se comportar pois o mesmo deu apoio moral ou financeiro para isto. E por fim, vem os canais de divulgação, que é o responsável pela projeção do ídolo recém criado. Juntando esses três recursos é possível criar um ídolo tipo miojo: fica pronto em três minutos! Basta aparecer falando uma bobagem nas redes sociais, mostrando partes do corpo, ou criticando pessoas famosas. Sempre funciona! De BBB a pessoa vira deputado, apresentador e até empresário de sucesso.

Quanto aos ídolos imateriais é outra história. Eles tem um papel fundamental quando se quer orquestrar movimentos políticos e fazer transição de uma era para outra, servir como marco histórico, etc. A maioria das vezes, são criados em laboratórios como foram os concílios, juntando qualidades de várias outras divindades, para chegar a um novo ser imaterial. Quando aquela representação de divindade já não serve mais por que estar com a imagem desgastada, então surge outra para substituir, e com o passar do tempo, o novo ídolo também adquire as qualidades do anterior, para serem descartados quando for conveniente. Se não fosse historiadores, escritos antigos, ou seitas secretas milenares, nem saberíamos da existência de antigos ídolos venerados e temidos mundialmente e de repente esquecidos e acharíamos que o nossa divindade atual é a que é cultuada desde que quando é gente.

Como exemplo disso, vejam essa frase: “EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA”. E “EU SOU O PÃO DA VIDA”.

Quem disse isso? Automaticamente, 90% das pessoas do ocidente dirão que foi Jesus, o Nazareno enquanto 90% das pessoas do extremo oriente dirão que foi Krishina ou Buda. Bom...se Jesus existiu, ele não foi o primeiro a dizer isso. Sem querer decepcionar ninguém, escritos mais antigos que a bíblia e de outros povos, tem essa frase como sendo dita por HORUS, no Egito há mais de 6 mil anos, dita por KRISHINA na Índia há mais de 3 mil anos, dita por MITRA deus romanos há mais de 2,5 mil anos e dita por outros quase 12 deuses de épocas e lugares diferente. A personalidade de Jesus como ser divino igual a Deus e Filho de Deus como vemos hoje só surgiu depois de 400 anos depois de sua morte, e em cada concílio ele ganhava novos atributos e poderes. Nos templos de adoração pentecostais por exemplo, ele ganha poderes e utilidade a cada novo culto. De garçom, a cão de guarda pra viajar casa de crente, ele se encaixa em qualquer perfil. Só depende do seu nível de amizade com o líder ou quanto você tem pra pagar pra ter um Jesus particular. Tem jesus que paga dívida no SPC, que mata inimigo de crente, que faz as pessoas rodarem no chão feito tontas, que arranja casamento, que põe nome de crente em lista de pagamento de prefeitura mesmo sem que esse seja funcionário público, Jesus que protege o conjugue em adultério quando esse estar para ser exposto pelo erro assim como protege o pedófilo quando não quer ser julgado pelos seus crimes. Quanto você pode pagar? Sua renda e amizades com a liderança definem o Cristo que te acompanhará. Caso contrário, ele será apenas uma figura distante, que só será vista por ti no dia do juízo, para decretar sua sentença (que provavelmente não será boa). Houve uma época em que pessoas seguiam um Cristo revolucionário, que via no diálogo entre as pessoas, a compreensão mútua e a partilha dos bens materiais como um caminho para a paz mundial e encontro com o divino que há em nós. Mas esse Cristo foi esquecido há muito tempo, antes do feudalismo, escravismo e capitalismo. Quando os sistemas monetários mudam, nossos ídolos materiais e imateriais mudam. Afinal, seres eternos também se atualizam. Por que não?

Se por um lado a idolatria se veste de ingenuidade, a iconoclastia as vezes se veste de intelectualidade. Uma coisa é viver a vida em busca de uma verdade para seguir ou aplicar em sua própria vida. Outra coisa é juntar todos os seus recursos para provar que o objeto de culto do outro não vale nada. Tanto perde tempo quem cultua, quanto perde tempo o que busca destruir o objeto de culto alheio. Quando a iconoclastia tem um proposito libertador é outra coisa. Quando o objetivo é apenas mostrar quem tem razão ou quem sabe mais, é pura perda de tempo. É como tirar o telhado de alguém, e deixa-la exposta ao frio e calor. Por pior que seja a idolatria de alguém ou algo, tem esta ainda algum grau de serventia ao que pratica. Se pra nada servir exteriormente, servirá de consolo interior. Ao que nada tem como recurso, qualquer pouco que possuir será chamado de “meu tudo”.

O objeto de culto de um religioso são seus ícones sagrados ou seus representantes humanos. O objeto de repulsa dos mesmos, pode ser qualquer um que demonstre opinião pessoal contrária a sua fé. Já o iconoclasta se torna um doente se o objetivo principal de sua vida, é apenas viver de contra argumentar a fé alheia. Nesse caso, um fica sendo o consumidor principal do lixo do outro. Todo dejeto produzido terá um fim comestível resultando em ódio e conflitos eternos. Quando um faz o outro critica. Quando um critica o outro faz. É como esperar um assar um bolo bem saboroso e nutritivo, pôr pra esfriar na janela, então vem outro e põe dejetos sanitários em cima do bolo. Ambos irão continuar com fome e se odiando. Só tem um botão que desliga essa simbiose nefasta: percepção do próprio ser.

Não é fácil buscar o equilíbrio pessoal. Exatamente pra isso que criamos ídolos, para culpa-los por nossos erros e acertos ou para nos entreter quando a realidade da vida bate a nossa porta. Mais difícil ainda é permanecer no equilíbrio considerando que se uma pessoa viver 70 anos em um novo estilo de vida, será 70 anos sendo hostilizada e perseguida, se não procurar um dos extremos pra ficar pois a multidão estão em ambos extremos, e só vem ao meio para se digladiar, depois voltam para os extremos de novo, deixando seus mortos e feridos (pessoas confusas ou frustradas de ambas as partes) bem no meio, próximo onde tu estavas. Pior que os que sobrevivem, não ficam no meio, saem de um extremo a outro extremo. Então recomeça tudo de novo.

O simples fato por exemplo, de eu que vos escrevo nesse momento, repetir a palavra EQUILIBRIO mais de uma vez nesse texto, já cria na cabeça de algumas pessoas, a ideia que estou defendendo algum seguimento da filosofia Védica e de forma automática meu texto é motivo de repulsa imediata para alguma das as partes. Então informo que não foram os Vedas que cunharam esse termo, e volto a lembrar que em tudo na vida precisamos de equilíbrio, desde construir um prédio, andar de bicicleta, fazer um bolo ou simplesmente estar sentado. Nem tanto ao céu, nem tanto a terra. Todo excesso é prejuízo para uma das partes. Em quase todos os seguimentos, costumamos rejeitar a sabedoria de todo um sábio por uma simples fala que não concordamos ou costumamos esconder toda a podridão de um líder político ou religioso, por um simples favor pessoal que esse nos fez, mesmo que tenha prejudicado todo o restante do grupo. Favores pessoais, não devem ser levado em conta quando o quesito é o bem coletivo assim como todo mundo por pior que seja, pode transmitir algo de bom, bem como por melhor que seja uma pessoa, teremos que evitar certos exemplos dados por eles, pois só se aplicam a sua vida, sua época, ou situação do contexto.

Sabe como encontrar o equilíbrio? Treinando suas emoções, para inibir a vontade de ter uma resposta pronta pra tudo que atualmente você discorda. Somos feitos máquinas de concordar e discordar, tendo concordância e discórdia, que ficam prontas a toque de micro-ondas. De repente você ouve alguém dizer: Esse ou aquele santo é o único salvador da humanidade. Se sua reação era se ofender prontamente, fazer um longo discurso oral, passeando pela história, teologia, filosofia e tantas outras ciências pra mostrar que esse argumento não tem lógica, então você quando acha equilíbrio vai se pegar dizendo: Ahã! Sim! Sei! Claro que é! Respeito seu modo de ver... Não há nada pior e mais angustiante pra uma pessoa que orou, jejuou, se preparou, foi ao monte, participou de todas a vigílias pra “evangelizar” outra pessoa, e essa responde com monossílabos, demonstrando não haver interesse em debates fúteis. Eles só faltam pedir pra morrer (ou pra Deus matar o outro, srsr).

Por outro lado, o religioso, também deve aprender a se controlar, e de repente, quando ele houve dizer da boca de outro, que sua fé é vã, que seus deuses são invenções humana, ou que escritor X é o cara mais sábio que já existiu, do mesmo modo esse religioso responde: Ahã! Não tenho dúvida! Você estar coberto de razão... Pronto! Quando um não quer, dois não brigam! Desse modo deixamos de ser vítimas de nossas próprias ações e confusões de sentimentos e encontramos equilíbrio entre nós mesmo por meio do respeito a opinião alheia. Todo desejo de repressão descontrolada a opinião alheia, só revelam o quanto confusos estamos com nossa própria crença (ou falta dela).

O mesmo vale para torcedores de times esportivos, militantes políticos, defensores de ideais revolucionárias, etc. Existem pessoas que veem no dialogo uma forma de levar outros ou a si próprio a um nível maior de conhecimento e benefício mutuo. Existem outros que veem no debate, uma forma de se auto afirmarem, humilhando outros quando estão com a razão, ou agredindo física ou verbalmente quando perdem a razão. Identifique o que você sente, e você pode mudar sua rota quando quiser. Se o simples fato de um argumento do outro te causa ódio ou vontade de extermínio alheio, bom rever sua própria programação. Ódio e amor, afeição e submissão são facilmente confudidos.

Todos estamos de algum modo buscando verdades. Alguns para se sentirem confortáveis e aceitos, buscam e aceitam apenas a verdade do grupo, desse modo hostilizam e rejeitam todo tipo de conhecimento que não venham deste. Outros buscam conhecimentos dos fatos, pois consideram a verdade absoluta inalcançável para qualquer ser mortal e desse modo estão dispostos a reafirmar suas posições quantas vezes forem necessárias sem que isso seja sinal de orgulho, ou refaze-las e rejeita-las se preciso, sem que isso seja sinal de humilhação ou fraqueza.

Se aprendermos a identificar o que sentimos, fica bem mais fácil saber o que queremos. Além de carne, osso, pele e músculos, somos uma constante variação de pensamentos e sentimentos. Ou controlamos, ou eles nos controlam. Se você não aprendeu a identificar o que sente, não se preocupe, líderes políticos e religiosos farão fortunas com isso, até que você seja indivíduo e não massa de manobra. Pecados, punições, castigos e recompensas aguardam todos que usam a emoção desassociada da razão.

Escrito em 19/2/19

*Antônio F. Bispo é Bacharel em Teologia, Estudante de Religião em Filosofia e Capelão Ev. Sem vínculo com denominações religiosas desde 2013.

Ferreira Bispo
Enviado por Ferreira Bispo em 19/02/2017
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