LIMITES

Em uma conversa, descontraída e esclarecedora, a respeito do auto cerceamento da liberdade pelo fato de conhecermos nossos limites, chegamos à conclusão de que na verdade esta liberdade é refém da falta de limites.
Até então eu entendia o limite apenas pelo significado literário da palavra, ou seja, o máximo suportado por algo ou alguém. E assim, discursava que não era preciso evitar as coisas, simplesmente deveríamos determinar um limite e cumpri-lo.
Quando na verdade, ao reflexionarmos, a questão para o âmbito humano emocional, percebemos que muitas ações com consequências danosas ao corpo ou ao ambiente em que vivemos, são obras do desconhecer do limite, pois na verdade não o teríamos.
Entendemos então que felizes ou infelizes seriam aqueles que podem identificar os comportamentos que os levam a não parar. Feliz por ao menos saber que não poderá começar e infeliz também pelo mesmo motivo. Porém, penso que nos dois casos ficamos à mercê de um reflexo positivo de uma ação impeditiva do desejo verdadeiro, que neste caso é decidir começar ou não algo que nos é prazeroso.
Posso usar-me como exemplo pela minha compulsividade em expressar-me, seja na escrita, fala ou imagem, quando não vejo fundamentos, se não lógicos ao menos puros, nos comportamentos das pessoas. Sou tomado por indignação e começo um processo de sofrimento interior e desconforto ambiental.
Quando, não sei como, mas, algumas vezes me atenho a não me expressar, e assim não provoco estes conflitos e acabo represando-os em mim.
Enfim, o meu emocional, por uma atitude ou outra, fica em estado feliz e triste. Feliz quando me expresso e triste com o retorno, feliz quando me calo e triste por represar os sentimentos.
Equilibrar estas emoções é meu desafio, pois afinal de contas, atitudes egocêntricas e falsidade ideológicas, são o meu tendão de Aquiles e estão em todo momento a minha frente. Esta conversa com meu amigo foi de grande valia para o meu crescimento espiritual e também por abrir a minha mente para minha falta de limite.
DuMoraes
Enviado por DuMoraes em 12/04/2017
Reeditado em 12/04/2017
Código do texto: T5968640
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