Eu não quero ou não quero querer?

Tu te percebes feliz quando cerceia as amarras que te acondicionam.

Mas o que sempre te prendeu não é algo palpável, não é comestível e não possui odor. O que te prende é o seu próprio preconceito. Mesmo sem ser visto ele é devastador e está aí, dentro de ti, sempre esteve e só dependerá de tuas ações para que se vá.

O teu preconceito te faz refém de ti mesmo, porque quando tu te oprimes é ele quem carimba “censurado”. Quando tu criticas o teu vizinho por colocar um som alto, talvez sejas tu que querias aumentar o volume do teu som, mas tu não poderias, não é mesmo? Porque se tu és quem criticas, como poderia deixar margem para ser criticado? Tu te oprimes para não ser oprimido. Percebes tu o quão irônico isso seja?

Estude-se! E questione-se: Eu não quero de verdade ou não quero porque não suportaria ser o alvo, o criticado, o apontado?

Permita-se! Nosso caminho é tão efêmero para deixarmos o nosso preconceito ter controle de nossas rédeas. Não sejas nunca a besta que empurra a carroça, mas torna-te o cocheiro que tem domínio sobre ela!

(Jéssica Cobain)