Jeito e cara nova...

Angulando com visão precária e mãos grossas,

desenhadas nas asperezas dos seus dias,

apanha estimado cinzel e começa,

do nada,

naquele pedaço de pedra bruta,

assim como outros tantos,

guardados e empilhados há tempos,

a dar forma a uma escolha antiga,

conhece bem as sutilezas do tocar em bruto,

a rudez é apenas dum primeiro olhar,

o golpe inicial quebra o silêncio,

mas ele mantém,

em absoluta quietude,

a mesma determinação,

realimentar a cada novo dia,

a esperança,

mas e sempre,

com jeito e cara nova.