filho
Filho
tem uma estrelinha
bebê
dentro do meu umbigo
sempre
( e quando tu me chegaste
nasci...)
meu filho
silencia minha voz
com dança de pupilas
e escancara o horizonte
amarfanhando passarinhos
(em teias de velhinhas
aranhas passeadoras
tem tricô de estrelinhas
numa jogada de Wi)
em cada sucessão de respiros,
amálgama
de 1´menino,
trançador de respostas
abertas
em sua mesinha de ferramentas
da vida
de se fazer
crescer humano
demais.
vá
teus olhos faíscam
ternura ao pé de nosso
ipê
amarelo
e bota o pé na estrada
por esta rota de vita
tão vívida
em tons e cheiros
de vôos,
em teu próprio caminho
colcha de tramas enluaradas
navegas em águas
nunca antes alvoroçadas
por tua força de maré
singular.
mas retorne
de vez em vez
da jornada
pleno
feliz
apanhador de
frutas
de manga
doces
e de maracujá-paixão...
(2008, pequenino)