O Gênio da Razão

O mundo estava numa verdadeira balança de Libra. E o lado negativo de toda a vida terrestre pesava mais que a liberdade. No entanto, alguém sempre queria proteger a Terra de desastres, tanto humanos quanto naturais, ou pelo menos protegê-los desses desastres inesperados. Seus pensamentos eram tão infinitos para tanto querer que a Terra se torne um lugar de paz. Seus pensamentos “iludidos” eram criticados por todos. “Você acha que conseguirá isso?” “Você crê nisso?” “A Terra de paz? Que engraçado!” Tantas sátiras que suas mágoas guardava consigo mesmo. Até que sua fúria foi revelada fugindo assim, de casa.

Longe de todas as pessoas ele preferiu ficar em um parque, sozinho, sentado em um banco, pensativo, que foi em vão.

De mãos no bolso chutava as minúsculas pedras que ficavam na calçada a cada passo seu. Foi que uma destas pedras soou um barulho como se fosse uma pedrinha batendo em um vidro. Ou uma garrafa, era o que ele via. “Uma garrafa azul? Que coisa estranha.” Pensava.

Estava vazia, mas lacrada. Como era possível? Tentou de várias maneiras de abrir aquilo e não era possível. De um modo e de outro, até que conseguiu. Da garrafa saiu uma fumaça azul. E a garrafa ficou totalmente translúcida. “O que é isso?” Se assustou, caindo ao chão. Aquela fumaça era de um ser místico. “Um... GÊNIO?” Gritou.

-Meu bom rapaz. Você me libertou desta garrafa. Por me libertar, poderá me pedir três coisas que tanto deseja que realizarei para você, mas lembre-se que: jamais se pode mudar o rumo da vida. Posso te conceder desejos de valor, de riqueza, de paixão entre outras coisas que quiser, eu concederei a você.

-Seu gênio. Todo mundo caçoam de mim, por ser a única pessoa que irá mudar este mundo: da guerra para a paz, das doenças para a saúde, das tristezas as alegrias. Mas quero pedir, já que apareceu em minha vida, neste momento, queria te pedir a primeira coisa que tanto desejo: quero paz na Terra.

-É o que deseja? E o segundo?

-Quero que ninguém sofra de doenças, ou que ninguém morra por desastres ambientais.

-Bom. E o terceiro?

-O terceiro?

-Sim! Você pensa em tudo que está em sua volta, mas pensa tanto que se esqueceu do que você mesmo quer. Os seus pedidos não são por você, mas por todas as pessoas deste mundo. O que você mais desejaria neste momento para si mesmo?

-O que mesmo queria é que todos me escutassem, me dessem valor pelo que quero fazer.

-Só quero que você se lembre que o que disse antes do seus três pedidos? Que tudo que seja da natureza, não poderei mudar. Mas o que você me pediu por terceiro foi seu primeiro pedido. Eu digo que são três pedidos mas só posso realizar um. Sei qual é o mais necessário. Então o seu terceiro desejo será realizado.

Assim, “Frederico” começou a criar iniciativas de paz por sua cidade, que logo teve fama, para assim atrair multidões pela paz. Por mais que o que fez não era concluído, Frederico descansou em paz e bem elogiado. Fez o que pôde pela Terra. Assim é lembrado por ser uma pessoa que levantou multidões a enxergarem a paz e a esperança deste Planeta “perdido”.

O gênio, para dizer a verdade, não realizou seu desejo, mas apenas o incentivou a ver sua própria vontade e não a dos outros.

Anderson Woits
Enviado por Anderson Woits em 19/04/2017
Reeditado em 19/04/2017
Código do texto: T5975175
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