PAREQUEMA – UM PERIGO PARA TODO ESCRITOR
Dá-se o nome de PAREQUEMA ou simplesmente COLISÃO ao encontro de silabas iguais ou quase semelhantes na frase. O parequema pode até ser explorado expressivamente, mas em alguns casos deve ser evitado por criar ecos e cacófatos.
Consideram-se antifônicos: “no nosso”, “na nau”, “pouco coco”, “única casa”, “na natureza”, “tenra rama”, “muito tolo”, etc.
Diz o saudoso MÁRIO BARRETO que, nos maiores aperfeiçoadores do idioma pátrio, podemos apontar casos de PAREQUEMA.
Em MACHADO DE ASSIS, por exemplo, encontramos os seguintes: “no norte”, “este tem”, “ajudada da”, “na natureza”, “de nenhuma maneira”, “malhada das cores”, “no nosso”, etc. Entretanto, nem por isso este brilhante escritor brasileiro perde seu brilho e sua lucidez linguística.
Muitos desses “indesejáveis” encontros podem, a bem do idioma, ser evitados: “em o norte”, “este possui”, “ajudada pela”, “em a natureza”, etc.
Entretanto, não se deve condenar uma obra nem se desfazer de um escritor só porque, aqui, ali, nas suas páginas, encontramos parequemas.
Coisas da nossa inigualável Língua Portuguesa...