PAREQUEMA – UM PERIGO PARA TODO ESCRITOR

Dá-se o nome de PAREQUEMA ou simplesmente COLISÃO ao encontro de silabas iguais ou quase semelhantes na frase. O parequema pode até ser explorado expressivamente, mas em alguns casos deve ser evitado por criar ecos e cacófatos.

Consideram-se antifônicos: “no nosso”, “na nau”, “pouco coco”, “única casa”, “na natureza”, “tenra rama”, “muito tolo”, etc.

Diz o saudoso MÁRIO BARRETO que, nos maiores aperfeiçoadores do idioma pátrio, podemos apontar casos de PAREQUEMA.

Em MACHADO DE ASSIS, por exemplo, encontramos os seguintes: “no norte”, “este tem”, “ajudada da”, “na natureza”, “de nenhuma maneira”, “malhada das cores”, “no nosso”, etc. Entretanto, nem por isso este brilhante escritor brasileiro perde seu brilho e sua lucidez linguística.

Muitos desses “indesejáveis” encontros podem, a bem do idioma, ser evitados: “em o norte”, “este possui”, “ajudada pela”, “em a natureza”, etc.

Entretanto, não se deve condenar uma obra nem se desfazer de um escritor só porque, aqui, ali, nas suas páginas, encontramos parequemas.

Coisas da nossa inigualável Língua Portuguesa...

David Fares
Enviado por David Fares em 08/03/2012
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