FEMININO E MASCULINO DE POSTOS
E GRADUAÇÕES MILITARES
       

Primeiramente, devemos esclarecer que existem na língua portuguesa as formas femininas soldada, sargenta, coronela, capitã e generala. No entanto, como as Forças Armadas resolveram não adotá-las, por questões de uniformidade do linguajar da caserna seculares e óbviamente como veremos.

São uniformes os nomes dos 
postos e graduações, flexionando-se os artigos - o/a - Sendo * posto ou graduação tanto para os homens como para as mulheres, mudando o tratamento pelo artigo usado (até porque alguns postos ou graduações, ficariam estranhos e até ridículos), como: a tenenta, a soldada, a generala, e outros nem feminino teriam, ou se tivessem nunca seriam usados - como ‘major’ (majora ??) e ‘cabo’(caba??), a única diferenciação fica sendo o artigo. e  elas agradecem. Porque alguém entra para a  Academia Militar de Oficiais para ser Tenente , não Tenenta . Dai as mulheres saem: as tenentes e os homens, os tenentes .
Exemplo: “A coronel Mariangela, Comandante do 2º Batalhão Feminino de Operações Táticas Especiais, passou as instruções à capitão Marli Comandante do 3º Pelotão Anti-Bombas, estando de serviço naquele dia a Equipe do tenente Andrade.

Fora da hierarquia militar, no caso particular de capitão, pode-se dizer que – existe esse registro em alguns dicionários – falar-se em "capitoa", mas é preferível usar o feminino capitã, pelos mesmos motivos acima e acredito que os gramáticos e os lexicólogos deveriam ter mais bom senso. Aliás, esta palavra é bastante usada, pois designa também o "chefe; a pessoa que comanda, que dirige", ou "atleta que representa a equipe".
Exemplos:
Na nossa gincana foi atribuído um prêmio às capitãs das cinco equipes.
A capitã da seleção brasileira de vôlei foi homenageada na TV.
E falando em TV, puderam todos notar que nenhum jornalista, articulista, cronista, repórter, apresentador ou convidado - além do pessoal restrito ao PT - falam em suas apresentações o designativo de Presidenta - embora conste do léxico. Mas é uma questão de tradição, usos e costumes enraizados no povo. Daí não é um decreto, uma lei que vá mudar o costume. Seria o caso de um decreto em que todas as pessoas deveriam usar saias, independente de sexo ou preferências. Se fosse na Escócia não haveria problema, mas aqui no Brasil e muitos outros países, não iria “colar” nunca. Embora seja uma peça de vestimenta humana. A não ser os obedientes à chefia e os maleáveis ao uso.
                                           
 ***



Outros exemplos:
A sargento E.B Joelma; a soldado PM Vânia - quer dizer, a sargento do Exército Brasileiro Joelma; a soldado Policial Militar Vânia.

A comandante do policiamento de futebol no Estádio Moisés Lucarelli era a Capitã Alda Lima.

A ordem partiu do coronel Rocha para a Major Judite que a transmitiu à 1º tenente Sônia e ao 2º tenente Thiago.

Essa colocação do artigo é bastante importante quando ocorrer menção a nomes próprios usados tanto por homens quanto mulheres:, Iraci, Iraí, Darci, Dair, assim: a soldado Darci, o soldado Darci, como ocorreu em meu batalhão quando estava na ativa, de existirem homônimos no prenome Juraci; ambos soldados -  um masculino e outro feminino - mais do que nunca a diferenciação recaia nos artigos (o e a).

Este texto remonta a boa importância, porquanto lemos e escutamos até em veículos importantes, confusões entre o adotado e assente no militarismo e as flutuações que às vezes ocorrem da mídia.
Mauro Martins Santos
Enviado por Mauro Martins Santos em 17/05/2016
Reeditado em 17/05/2016
Código do texto: T5637867
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.