Quando nasci pela segunda vez!

A primeira vez que nasci não me recordo,

Como naturalmente acontece com todos os nascidos,

Meus primeiros anos de vida ficaram guardados e trancados,

Pois, por mais que eu tentasse lembrar,

Nem lampejos eu conseguia resgatar,

O tempo passou, meus genitores desapareceram de minha mente,

E num abrigo acabei ficando,

Por sorte não estava sozinho, pois comigo estava um amor de irmão,

De sangue apenas materno, mas totalmente ligados de alma e coração,

Se eu sofria, não me lembro, se eu chorava menos ainda,

Mas os dias corriam e nós dois "pitocos barrigudos" também,

Até que nasci pela segunda vez,

No portão dois anjos chegaram,

E como sempre curioso e corajoso fui recebê-los,

Parecia até que já sabia o que iria acontecer,

Escondido, chorando e com medo meu irmão ficou,

E uma voz dizia "calma meu filho, tudo ficará bem!",

Algum tempo se passou e em um lar de verdade nos acomodamos,

Uma família conquistamos e uma nova vida nós ganhamos,

Muito tempo se passou e hoje sou o que sou e sou quem eu sou,

Adotivo é só uma palavra para descrever um documento, um simples papel,

Mas o papel de mãe, o papel de pai, nenhum papel consegue ensinar,

Hoje sei o que é amar, se dedicar e lutar para se criar um cidadão de bem,

Gratidão é o mínimo que posso ter, pois se agradece quem te faz um favor,

E quando falamos de amor, não se espera nada em troca,

Amor se retribui com amor e se eu tiver que dizer alguma coisa,

Será simplesmente:

"Amo vocês, meus pais, meus anjos protetores e obrigado por tudo!"

Moises Tamasauskas Vantini
Enviado por Moises Tamasauskas Vantini em 22/09/2014
Código do texto: T4972119
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