Muito prazer, eu sou Manaus, uma jovem de 348 anos

Imagine sobrevoar uma selva fechada enorme e, de repente, se deparar com uma paisagem dessas:

Essa é Manaus. No dia 24 de outubro de 2017 ela faz 348 anos. Uma cidade de se admirar. Muitas cidades por aí se gabam de serem desenvolvidas, atraentes, cidades-sonho... Sem desmerecê-las, pois são isso mesmo, mas Manaus tem lá suas gabolices com mais propriedade. Querem ver?



As cidades que crescem, se desenvolvem, abrigam imigrantes e se tornam metrópoles em clima ameno, ou no frio, com facilidade de transporte, onde se tem rodovias, ferrovias, facilidades de acesso e privilégios políticos, podem até se fazerem de rogadas. Agora, vai fazer uma cidade crescer debaixo de um sol de rachar mamona, literalmente no meio da maior selva do planeta, sem estradas, sem ferrovias, com os acessos mais difíceis do país, num lugar que os "civilizados" não conhecem e chamam de "fim do mundo"!

Vejam esse anoitecer no "fim do mundo":



É até bom que pensem que somos o fim do mundo: a surpresa se torna superlativa, porque todo mundo pensa que, ao chegar ao aeroporto de Manaus, vai encontrar isso:


Mas vai encontrar isso:

 
Que, por dentro, é assim:


Manaus não nasce de parto normal, é parida cada dia a fórceps, nas noites de 32 graus, lugar que mete medo em quem não conhece, mas quando chega aqui se "boquiaberta" com esse fervilhar literal de gente, trânsito, calor e tal. É a cidade do comércio indiano, sírio, libanês, judeu, português.



Da indústria coreana, japonesa, europeia. 
É o refúgio dos haitianos. 


e o foi eleita o sétimo destino turístico brasileiro pelos viajantes que a conheceram.

Nós, sim, somos um povo lutador, vivemos em uma panela de pressão, andamos em ônibus lotados no sol do meio-dia e no calor das dez da noite. E a cidade não para de crescer, agora invadindo o lado norte. Hoje a madrugada está, pra variar, um forno, mas, pela ousadia de se meter a besta e cismar em continuar crescendo, parabéns, "caboquinha" pávula.

ÂÂÂ