A MORTE DO PEQUENINO

Uma vida correndo e fugindo. Na visão das pessoas comuns, pode até parecer algo triste e tenebroso, mas não era este o seu caso. No fundo, você sabia que tudo não passava da mais pura diversão. E que esse jogo, de fugitivo e algoz, era apenas a alcunha de seres receosos em admitir que se amavam. Tivera inúmeros amigos durante a sua longa vida. Alguns, claramente aliados, já outros, se fingiam de durões pelo simples orgulho de não admitirem serem menos perspicazes que um ser tão diminuto.

Os clássicos nunca morrem, e todo o seu legado, após a sua morte, ficará como um presente lindo para as gerações vindouras. Claro que Imitadores certamente aparecerão, mas por mais ágeis e sarcásticos que sejam, jamais superarão o bom e velho original. “Bom dia pra você, bom dia pra você...” uma vez lhe disse um amigo. E agora, todos em uníssono, o saúdam mais uma vez. O mundo sentirá saudade do melhor rato que já existiu, e existirá. Descanse em paz, nosso querido e amado, Jerry, o rato.